Os assistentes operacionais do Hospital de São João, no Porto, e do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, fizeram uma vigília este mês e prometem novas ações se continuarem sem resposta.

Foi há sete dias que dezenas de técnicos auxiliares de saúde se concentraram numa vigília que juntou profissionais de ambos os hospitais.

Segundo o Jornal de Notícias Foi também entregue um abaixo-assinado à presidente do Conselho de Administração do São João, com 614 assinaturas reunidas.

O protesto visa a restauração das condições de carreira dos assistentes operacionais, incluindo a reversão dos cortes salariais e retrocessos de escalão resultantes do decreto lei 29/2019. Embora este decreto tenha sido revogado em 2020 e 2021, os seus efeitos continuam a ser sentidos nos salários dos trabalhadores.

O Orçamento de Estado de 2023 destinou 34 milhões de euros para reverter os efeitos negativos na progressão de carreira dos profissionais do setor afetados pelo decreto lei. O que significa o pagamento de mais de 3.600 euros em retroativos a cerca de 4000 técnicos, citado pelo jornal.

Em teoria, a medida foi implementada em dezembro do ano passado, com o montante total enviado aos hospitais. No entanto, nem todos os hospitais estão a aplicar as medidas salariais de maneira consistente. Tanto o Hospital de São João, como o Pedro Hispano, afirmam estar a aguardar diretrizes da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

“Estão a ser desenvolvidos esforços, internamente e junto das entidades competentes, para aferir os critérios de enquadramento dos assistentes operacionais que transitam para a carreira de técnico auxiliar de saúde, por forma a que essa transição não comprometa o normal funcionamento da instituição”, explicou a administração do Hospital de São João ao jornal.