Mulher cospe em condutor após piropo e gera onda de indignação nas redes sociais

Mulher cospe em condutor após piropo e gera onda de indignação nas redes sociais
| País
Porto Canal

Uma mulher cuspiu num condutor TVDE depois de este lhe ter dirigido um piropo. O vídeo do sucedido tem sido amplamente partilhado nas redes sociais e foi alvo de centenas de comentários, reacendendo a discussão sobre um tema que não é novo. Mas o que acham os portuenses dos piropos e qual é a melhor forma de reagir quando estes acontecem?

 
 
 
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Inês Marinho, autora do vídeo, escreveu na descrição da sua publicação que não consegue “ficar mais calada”. No vídeo de curtos segundos é perceptível que o condutor responde “mandei” quando a jovem afirma, já perto do carro, que “este homem acabou de passar por mim e mandar-me um piropo”.

“Não espero nem quero que todas se imponham porque sei que isso por vezes envolve arriscarmos as nossas vidas, mas espero que nenhuma pessoa que ande a assediar os outros saia impune”, escreveu ainda Inês.

O Porto Canal contactou Inês, que respondeu que o piropo havia sido feito "uns segundos antes enquanto passava por mim, mas depois o condutor ficou retido num sinal vermelho”. E que “é muito raro sair de casa e não passar por uma situação assim”, admitindo no entanto que “nem sempre respondo”.

Este é um testemunho entre milhares, para quem os piropos são uma realidade no seu dia-a-dia. Nas gerações mais jovens existe um consenso de condenar a ação, ainda que nem todos concordem com a reação demonstrada no vídeo.

“Ficamos muito desconfortáveis com isto”, diz Ana Rita, ouvida pelo Porto Canal. “Em muitos sítios temos que ter cuidado com isso".

“Eu não teria coragem de fazer o mesmo, mas é extremamente desagradável sairmos à rua e sentirmo-nos observadas e assediadas”, diz por sua vez Diana Sousa, que é também da opinião que nalguns casos o piropo devia ser crime.

Claro Melo admite que não reagiria da mesma forma, afirmando que seria “um pouco falta de classe e estaria a descer ao nível da pessoa”.

Já Ana Alves considera o piropo “inaceitável", realçando que “uma mulher tem que ser valorizada e não desvalorizada” e admitindo ainda que às vezes tem medo de andar em certos sítios a alturas do dia.

“Foi a melhor coisa do mundo o que fez? Talvez não”, diz António Araújo, que percebe no entanto a reação mais “emocional” da pessoa quando é “interpelada daquela forma completamente desadequada”. “O melhor seria consciencializar para que não haja mais casos destes”, admitindo, ainda assim, que esse processo não tem resultado nos últimos tempos.

Gabriela Sousa diz que a mulher “fez muito bem”, afirmando que “toda a gente devia fazer o mesmo”. “Por vezes ignoro”, afirmando que existem situações em que as mulheres não reagem por receio, já que antigamente "não havia respeito pelas mulheres. Atualmente está a melhorar, embora haja muitas pessoas que ainda o façam”.

Susana Silva afirma que “alguns são mesmo desnecessários” e que depreciam a mulher. “O facto de ignorar, o medo da reação, faz com que os homens tenham mais à vontade para o fazer”, realça.

Nas gerações mais idosas, a consciência do problema já é outra.

Para Maria Mota, “há piropos agradáveis e há outros menos agradáveis”. “Se ofender, o melhor é ignorar”, considera. “Acho que se não lhe derem importância, a pessoa começa a achar que não vale a pena”.

Lucinda Rodrigues considera que alguns piropos “são abusivos, mas outros até são satisfatórios”. “Acho que é melhor ignorar, porque acho que não vale a pena ‘gastar cera com fraco de fundo’”.

Ainda que Fernando Oliveira considere que o piropo é “uma falta de respeito”, afirmou também que “elas também provocam os homens”.

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