Maria Amélia Canossa, a eterna voz do Reino do Dragão, partiu há dois anos

Maria Amélia Canossa, a eterna voz do Reino do Dragão, partiu há dois anos
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Porto Canal

Partiu há dois anos a mulher que deu voz ao hino do FC Porto. Maria Amélia Canossa faleceu a 25 de janeiro de 2022 e deixou para trás um legado de 88 anos de amor ao azul e branco que culminou com a gravação do hino pela primeira vez no longínquo dia 31 de março de 1952. 

Recordá-la é reviver, necessariamente, o passado do clube, mas também da cidade do Porto, de que também sempre foi embaixadora como artista de dimensão nacional.

Nascida no seio de uma família portista em outubro de 1933, a Princesa da Rádio começou a frequentar as bancadas do Campo da Constituição com apenas seis anos, pela mão do pai e do avô, em tempos bem diferentes da história do FC Porto. Pouco depois, ainda muito jovem, começou a colaborar com a Rádio Clube do Norte e deu início a uma carreira intrinsecamente ligada à grande paixão da sua vida.

No equador do século XX deu a cara e a voz nos espetáculos de angariação de fundos para a construção do Estádio das Antas - que tiveram lugar na nave central do Palácio de Cristal - e foi aí que germinou a Marcha do FC Porto, de que também é intérprete. O ex-líbris do seu repertório musical viria a surgir praticamente de imediato.

Numa entrevista concedida em 2009 levantou o véu sobre o nascimento de uma obra-prima: “Queria um hino que, aos primeiros acordes, fosse um hino vencedor. Que até os jogadores, ao entrarem em campo, sentissem um impulso que lhes desse força e um hino que transbordasse poder”. Assim foi.

Graças à preciosa colaboração do poeta Heitor Campos Monteiro e do compositor António Figueiredo e Melo, Maria Amélia Canossa estreou-se a entoar o hino do FC Porto com apenas 18 anos, em pleno Coliseu, e logo mereceu uma ovação de pé da plateia. Voltaria a cantar na inauguração das Antas, poucas semanas volvidas, para gáudio da multidão ali presente.

O sucesso da sua maior criação é tão grande que os anos passam e o hino mantém-se intacto. Em vésperas de se assinalarem sete décadas desde o lançamento dos acordes da vida de Maria Amélia Canossa e do FC Porto, a cantora desaparece para tristeza de todos aqueles que - como a própria - amam o clube.

Neste momento difícil para todos, o FC Porto solidariza-se com os familiares e amigos, endereçando-lhes as mais sentidas condolências.

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