Camiões de empresa de Gaia transportavam milhares de quilos droga de máfias internacionais

Camiões de empresa de Gaia transportavam milhares de quilos droga de máfias internacionais
| Porto
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Foram acusados na semana passada, três portugueses que traficavam droga de máfias internacionais por meio da empresa onde trabalhavam, em Vila Nova de Gaia. Os indivíduos esconderam milhares de quilos de haxixe nos camiões que seguiam até Espanha e que depois eram transportados para outros países europeus.

Além dos três portugueses, também fizeram parte da acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, duas sociedades e outro e indivíduo.

Tal como consta na acusação do DIAP e avança o JN, o envolvimento ao tráfico de haxixe começou a partir do verão de 2022.

O esquema em Gaia era feito em colaboração entre um dos empresários e um casal residente de Vila Nova de Cerveira, cada um com as suas funções bem definidas.

O empresário era responsável por contratar o transporte de mercadorias para os países estrangeiros junto dos seus clientes, para justificar as deslocações dos camiões que escondiam o haxixe.

Já o casal era responsável para dar indicações aos motoristas sobre os trajetos e o pagamento, bem como a intermediação dos contactos entre os fornecedores e compradores.

26 paletes de ratoeiras carregadas de haxixe

O transporte da droga correu bem até ao final de 2022. O facto leva a própria acusação a referir-se aos portugueses como especialistas no transporte de droga ao serviço de organizações internacionais.

Foi em setembro de 2022 que aconteceu o primeiro percalço, quando um camião com 26 paletes de ratoeiras, carregadas na Figueira da Foz e destinadas a Forli, em Itália, foram apanhadas pelas autoridades francesas, numa fiscalização em Nimes. No total, foram encontrados 485 quilos de haxixe, avaliados em 750 mil euros.

Numa outra ocasião, em maio de 2023, a Polícia francesa voltou a apreender a droga de um camião a mando do mesmo grupo. Neste caso, a empresa de Gaia alugou um camião a uma construtora para ser usado no tráfico. O dono desta segunda empresa recebeu três mil euros mensais pelo serviço.

Desta segunda vez que foram apanhados, as autoridades encontraram mais de mil quilos de haxixe. O valor da droga rondava os dois milhões de euros, mas chegaria aos sete milhões quando vendida na rua.

A transporte da droga pela empresa de Gaia só parou quando, a 11 de julho do ano passado, a Polícia Judiciária do Porto deteve o empresário e o casal que participavam no esquema.

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