PSD e CDS falam ao país às 19.30

PSD e CDS falam ao país às 19.30
| Política
Porto Canal

As direções do PSD e do CDS-PP vão reunir-se hoje, depois de na sexta-feira o primeiro-ministro e presidente do PSD ter apresentado ao Presidente da República "o entendimento político alcançado com o líder do CDS-PP".

A reunião está marcada para as 18:00 em Lisboa e, no final, será feita uma declaração.

À entrada para um jantar partidário em Mafra, o vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva afirmou que o entendimento alcançado entre PSD e CDS-PP "reforça a confiança, a coesão e a estabilidade do Governo" necessárias ao cumprimento do memorando da 'troika'.

"É uma solução que reforça os níveis de confiança, de coesão e de estabilidade nesse Governo e é essa resposta que os portugueses esperam para a estabilidade que assegure o cumprimento do memorando de entendimento e da abertura para uma fase de crescimento e de emprego", afirmou Jorge Moreira da Silva, sem adiantar mais pormenores.

Também o vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo, à entrada para o Conselho Nacional dos democratas-cristãos, sublinhou que a proposta entregue pelo primeiro-ministro ao Presidente da República "assegura a estabilidade governativa" e deu nota da "tranquilidade" que sente.

"Da minha parte, enquanto vice-presidente do CDS, sublinharia apenas a tranquilidade que sinto por saber que Portugal estará preparado para enfrentar os desafios que terá pela frente", declarou.

Paulo Portas pediu a demissão de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros depois de Vítor Gaspar se ter demitido de ministro de Estado e das Finanças, e ter sido substituído por Maria Luís Albuquerque, alteração na composição do Governo PSD/CDS-PP que foi divulgada na segunda-feira.

Numa nota divulgada na terça-feira à tarde, cerca de uma hora antes da posse da nova ministra e dos respetivos secretários de Estado, Paulo Portas anunciou essa decisão, que classificou de "irrevogável", justificando-a com o facto de o primeiro-ministro ter optado pelo que considerou ser um "caminho de mera continuidade no Ministério das Finanças", apesar da sua discordância, que referiu ter "atempadamente" comunicado.

Na terça-feira à noite, Pedro Passos Coelho fez uma declaração ao país em que manifestou surpresa pela decisão de Paulo Portas, defendeu ser "precipitado" aceitar esse pedido de demissão e afirmou que iria manter-se como primeiro-ministro e clarificar as condições de apoio ao Governo de coligação com o CDS-PP.

Na quarta-feira, a Comissão Executiva do CDS-PP mandatou o presidente do partido, Paulo Portas, para se reunir com o presidente do PSD e primeiro-ministro com o objetivo de encontrarem "uma solução viável para a governação em Portugal".

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas têm realizado sucessivos encontros desde quarta-feira, quando o primeiro-ministro regressou de uma reunião em Berlim, na Alemanha.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro reuniu-se com o Presidente da República e, no final, afirmou que seria "encontrada uma forma de poder garantir o apoio político do CDS ao Governo e nessa medida garantir a estabilidade política do país", dando a entender que esse processo ainda não estava concluído.

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.