O insólito vídeo de apresentação da "nova" AD. Do esquecido Freitas do Amaral aos "portugueses" que afinal não o são

O insólito vídeo de apresentação da "nova" AD. Do esquecido Freitas do Amaral aos "portugueses" que afinal não o são
| Política
Fábio Lopes

O vídeo introdutório da nova Aliança Democrática (que une PSD, CDS e PPM), exibido no passado domingo, no evento de apresentação da coligação, tem gerado controvérsia nas redes sociais, com diversas críticas e imprecisões a serem-lhe apontadas.

Primeiramente, a nova Aliança Democrática está a ser acusada de revisionismo histórico. No vídeo de apresentação da nova AD, a liderança do CDS em 1979 é atribuída a Amaro da Costa e não a Freitas do Amaral.

Num vídeo de cerca de dois minutos, que relata o surgimento da aliança, em 1979, são apresentadas imagens do momento em que o acordo foi assinado. Lado a lado estavam os então líderes dos três partidos em causa. PSD representado por Francisco Sá Carneiro, CDS por Freitas do Amaral e PPM por Gonçalo Ribeiro Teles. Não obstante, na legenda do vídeo é referido que o líder dos democratas cristãos é Adelino Amaro da Costa.

De acordo com os dirigentes da AD tudo não passa de uma “imprecisão”, afastando assim a ideia de que terá sido uma tentativa de ‘branquear’ o nome de Freitas do Amaral da história da coligação.

Recorde-se que o CDS foi fundado em 19 de julho de 1974. Entre as personalidades que subscreveram a sua Declaração de Princípios contavam-se Diogo Freitas do Amaral e Adelino Amaro da Costa.

De fundador do CDS a ministro da oposição

Contudo, a ligação de Freitas do Amaral com os partidos de direita deteriorou-se, após se ter desfiliado do CDS e ter aceitado o desafio de ser ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates [2005/2006]. Uma ‘traição’ que o partido que fundou nunca lhe perdoou e que muitos socialistas também não encararam de ânimo leve.

Porém, esta não é a única ‘gafe’ dirigida ao vídeo de lançamento da campanha da AD, rumo às eleições legislativas de 10 de março.

No vídeo é mencionado que uma das ambições da coligação é ir "ao encontro dos anseios de milhares de portugueses", mostrando um sem número de pessoas, representativas da sociedade lusa. Contudo, numa análise mais detalhada é possível aferir que a grande maioria das pessoas representadas nas imagens não se tratam de cidadãos portugueses. Isto porque são usadas filmagens de videógrafos de várias nacionalidades, nomeadamente ucraniana, russa, etc, e até excertos retirados de anúncios de uma farmacêutica.

Um início inusitado da Aliança Democrática que não passou incólume ao escrutínio dos internautas.

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