Costa reforça que Linha Rubi tem de estar concluída "até às 24 horas de 31 de dezembro de 2026"
Porto Canal/Agências
O primeiro-ministro, António Costa, considerou esta terça-feira que o investimento na mobilidade urbana "é absolutamente crítico", lembrando que o país tem menos de 50 anos para se preparar para cidades sem automóveis.
"É evidente que o investimento na ferrovia é crucial para o conjunto do país, mas o investimento na mobilidade urbana é absolutamente crítico", afirmou António Costa, na cerimónia de consignação da empreitada da Linha Rubi do Metro do Porto.
Destacando que as cidades precisaram de cerca de 50 anos para se adaptarem ao automóvel, o líder do executivo lembrou que o país "têm muito menos de 50 anos" para se preparar para cidades sem automóveis.
"Isso significa investir, cada vez mais, em modos alternativos de mobilidade e, em particular, no transporte público", considerou, destacando, no entanto, que a transição não pode deixar ninguém para trás.
"Para que isso aconteça é fundamental reduzir o custo, para que a deslocação continue a ser acessível, é por isso que o transporte público de qualidade nos permite reinventar a cidade, reinventar a deslocação nas Áreas Metropolitanas sem excluir ninguém", acrescentou.
Relativamente à linha Rubi, que ligará Santo Ovídio à Casa da Música através de uma nova ponte, António Costa agradeceu aos municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) pela forma "como agarraram este desafio", que reconheceu "não ser fácil".
"Obras de metropolitano são ótimas quando estão concluídas e se faz a inauguração, até ao dia da inauguração são só dores de cabeça", afirmou, destacando que a nova ponte sobre o Douro é "uma peça de engenharia extraordinária", ainda que venha a ser um "corpo estranho".
"As pontes são sempre corpos estranhos no desenho que a natureza fez", observou o primeiro-ministro, agradecendo ao presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, por "aceitar o desafio de acolher este corpo estranho" na sua cidade.
"Não deixará de ser um implante que se crava na carne da cidade", acrescentou.
António Costa saudou também o trabalho desenvolvido pela Metro do Porto e lembrou que a obra, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tem de estar concluída "até às 24 horas de 31 de dezembro de 2026".