"Você merece, Pedro Nuno! Força, vamos em frente, vamos ganhar as próximas eleições", diz Costa
Porto Canal
António Costa começa a discusar no Congresso Nacional do Partido Socialista (PS) que decorre até domingo na Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações.
Antes do discurso, foi recordado os melhores momentos de Costa enquanto Chefe do Governo. O vídeo relembrou também os acontecimentos mais difícieis, como a pandemia covid-19 e o incêndios de 2017.
O primeiro-ministro demissionário saudou Pedro Nuno Santos, desejando-lhe "do fundo do coração, todas as felicidades do mundo".
"Você merece, Pedro Nuno! Força, vamos em frente, vamos ganhar as próximas eleições", acrescentou eufusivo.
Disse que o atual secretário-geral do PS trará "novo impulso" e irá "prosseguir o que tivermos de prosseguir e mudar o que tivermos de mudar".
Costa referiu que a eleição interna do PS mostrou a "vitalidade", superando "uma situação muito difícil, diria até traumática", com "uma mobilização extraordinária" levada a cabo pelos militantes.
Relativamente ao partido, o primeiro-ministro demissionário evidenciou que ter contas certas não é só ter “eliminado os cortes” da ‘troika’ e diminuído a dívida, mas tê-lo feito “descongelando carreiras, reduzindo o IRS, aumentando pensões, prestações sociais, salários na função pública”.
Costa referiu que o Governo conseguiu aumentar salários criando emprego, aumentando as exportações e o investimento nas empresas e, apesar de tudo isso, “o diabo não veio, não veio, não veio”.
“Eu vou-vos agora revelar um segredo, que é: por que é que o diabo não veio? O diabo não veio por uma razão muito simples. É que o diabo é a direita e os portugueses não devolveram o poder à direita”, disse, provocando um longo aplauso na plateia.
Neste discurso, o ex-secretário-geral do PS referiu ainda que o Governo avançou “até onde pode” na regionalização.
“Sabemos que não tivemos parceiro para fazer a regionalização, sabemos que temos um Presidente que não nos deixava fazer a regionalização, mas levámos até onde o pudemos fazer”, disse.
O também primeiro-ministro abordou ainda a confirmação pelo parlamento, hoje, dos diplomas sobre ordens profissionais que tinham sido vetados pelo Presidente da República, para salientar que dão “liberdade de acesso às profissões reguladas” aos jovens portugueses.
Fazem com “que quem é licenciado em direito e queira ser advogado, possa ser advogado, que mais médicos possam ser médicos em Portugal. É essa liberdade que aumenta a igualdade de todos no acesso à profissão”, defendeu.