Reativação dos elevadores da Arrábida excluída pela IP

Reativação dos elevadores da Arrábida excluída pela IP
Pedro Benjamim | Porto Canal
| Porto
João Nogueira

Apesar de haver ainda muito quem os recorde pela grande utilidade na travessia entre as margens do Porto e Gaia, os elevadores do Ponto da Arrábida não deverão voltar a ser reativados. A Infraestruturas de Portugal, entidade que tutela a infraestrutura, justifica a decisão com a lei.

 
 
 
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Segundo a empresa avançou ao Porto Canal, os elevadores da ponte que foi inaugurada em 1963 tiveram uma forte adesão nos anos iniciais, “mas a sua procura desceu consideravelmente nos anos seguintes”, motivo pelo qual foram desativados em 1985.

Quando foi inaugurado, em 1963, o projeto da ponte da Arrábida, da autoria de Edgar Cardoso, desafiava os cânones da época. Além de ostentar, à data, o maior arco de betão do mundo, a ponte contava com quatro elevadores, localizados no interior de cada um dos pilares, dois em cada margem.

A recuperação dos elevadores é hoje um dos temas que mais interrogações suscita entre a população das margens, principalmente em Gaia, que é obrigada a fazer um percurso muito grande apenas para passar para o outro lado do Douro.

Em 2001, “no âmbito de uma grande intervenção de conservação na Ponte da Arrábida, os elevadores foram desmantelados”, adianta a IP.

Segundo a IP, a reativação poderá não chegar a ser concretizada. Com a mudança dos percursos e a autoestrada a passar na Ponte da Arrábida, a recuperação do serviço caiu por terra, porque “a lei rodoviária não permite circulação de peões naquela via, pelas suas características e razões de segurança” , sublinha a IP.

Contudo, o Porto Canal sabe que a travessia por peões continua a acontecer de forma regular. A IP acrescenta que “essas questões de controlo dizem respeito às entidades de segurança”.

A ponte era dotada de quatro elevadores, dois de cada lado, com capacidade para cerca de 25 pessoas cada. Movimentavam-se à velocidade de dois metros por segundo e tinham, inicialmente, uma taxa associada. “Por viagem, 1,5 escudos cada, podendo levar bicicleta ou carro de criança”, pode ler-se numa peça do arquivo da Câmara do Porto.

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