Universitários do Porto são mais dependentes do jogo que resto dos portugueses, revela estudo
Porto Canal
Mais de metade dos estudantes universitários da Universidade do Porto, que responderam a um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), já apostaram a dinheiro, avança o Jornal de Notícias. Os valores são “superiores à estimativa da Organização Mundial de Saúde de 5,8% para a prevalência de distúrbios do jogo em adultos”, refere o estudo da FMUP onde 746 dos 1123 inquiridos aponta que já apostou a dinheiro e metade desses revela que já apostou entre um e cem euros.
Os jogos online, videojogos, raspadinhas, apostas desportivas, lotarias e testes de inteligência por dinheiro são os preferidos dos universitários do Porto. O estudo da Faculdade de Medicina revela que 19,7% tem a possibilidade de apresentar uma dependência de jogo, sendo que 16,6% podem ser jogadores patológicos.
De acordo com o estudo, 16,2% crê que a pandemia de covid-19 afetou os hábitos de jogo. Os valores são superiores “ao contexto adulto português de 2016”, quando 1,2% eram prováveis apostadores patológicos.
De acordo com o estudo as “estimativas são preocupantes porque provêm de uma faixa etária mais jovem, com maior alfabetização e origem predominantemente de classe média. Isso pode indicar que este é um grupo vulnerável com implicações futuras”, cita o jornal.