“A reforma está feita e este é tempo de agir”, afirma diretor do Museu do Porto sobre processo de descentralização na cultura
Porto Canal
O processo de descentralização da cultura poderá sofrer um retrocesso com a transferência da gestão de museus e monumentos do Norte para Lisboa. O Ministério da Cultura estará a deliberar que os museus e monumentos geridos pelas Direções Regionais de Cultura (DRC) não acompanharão a anunciada integração destas últimas nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), nem passarão para os municípios, transitando para a tutela da Direcção-Geral do Património Cultural (DGCP).
Para o diretor do Museu do Porto, Jorge Sobrado, a “reforma está feita e este é tempo de agir”. Em entrevista ao Porto Canal, Jorge Sobrado considera que poderiam “ter outras soluções mais ou menos centralizadas, mas a reforma está feita e implementada. A entidade publica empresarial está criada, está a ser constituída e vai arrancar no dia 1 de janeiro”.
O diretor do Museu do Porto sublinha que “aquilo que cabe ao Estado fazer que seja bem feito”.
Para o diretor do Museu do Porto, Jorge Sobrado, a “reforma está feita e este é tempo de agir” pic.twitter.com/xsj4PIXhQE
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No que diz respeito ao Museu da Imprensa, Jorge Sobrado diz que “o museu da imprensa tem um espólio valioso testemunha o Porto tipográfico”. No entanto, destaca que “neste momento é preciso deixar que os sócios negoceiem as soluções” e acrescenta que “como diretor do Museu do Porto ficaria muito feliz em receber o espólio do museu da imprensa”.
“Neste momento ainda há uma discussão sobre o futuro daquele espólio que não pertence ao município e ao Museu do Porto”, comenta o diretor.
“Neste momento ainda há uma discussão sobre o futuro do espólio" do Museu da Imprensa "que não pertence ao município e ao Museu do Porto”, comenta o diretor sobre o Museu do Porto pic.twitter.com/XIM6uZKfNw
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Ainda em entrevista ao Porto Canal, o Diretor do Museu do Porto refere que “estes últimos 12 meses foram de muito trabalho. A reforma do próprio conceito da estratégia do museu que quisemos reconciliar com a cidade e quisemos reencontrar-nos com a cidade”.
“Estamos a estudar outros museus da Indústria na Europa para de alguma forma nos inspirar e ter referências. O museu da indústria é um polo a abrir no museu do Porto. Mas há outros que no início de 2024 e até ao final do primeiro trimestre de 2024 contamos reabrir e devolver à cidade do Porto", nomeadamente o museu da antiga oficina do pintor António Carneiro e reabrir a casa de Guerra Junqueiro.
Jorge Sobrado acrescenta ainda que estão “a trabalhar no sentido de abrir o núcleo central do museu do Porto que irá nascer na Alfandega do Porto”.
“Estamos a estudar outros museus da Indústria na Europa para de alguma forma nos inspirar e ter referências. O museu da indústria é um polo a abrir no museu do Porto", refere Jorge Sobrado pic.twitter.com/jaWFd8uM4R
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