CDU de Braga exige reposição da linha Braga-Porto. Ligação caiu com chegada da UNIR

Porto Canal
A CDU de Braga exige que a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado e a Área Metropolitana do Porto “reponham imediatamente a ligação rodoviária direta entre Braga-Porto”, escreve aquela coligação numa publicação nas redes sociais.
Como o Porto Canal noticiou, os utilizadores que se serviam do autocarro da Transdev para se deslocarem de Braga até ao Porto, pela A3, vão deixar de o poder fazer, uma vez que a ligação foi cancelada com a entrada em funcionamento da nova rede de transporte da Área Metropolitana do Porto, a UNIR.
Na mesma publicação, a coligação liderada pelo PCP “considera inadmissível que esta situação não fosse antecipada e acautelada, ficando as populações subitamente sem soluções” e divulga que “levará este assunto à próxima reunião da Câmara de Braga”.
Já este sábado, em comunicado de imprensa, a CIM disse que a decisão da Área Metropolitana “coloca diretamente em causa” o direito à mobilidade das populações.
O presidente da instituição, Ricardo Rio, acrescentou que a AMP considera que deve ser aquela CIM a assegurar o serviço, algo que na opinião do também autarca de Braga é “incompreensível e lamentável”.
De acordo com a mesma nota, “os argumentos aduzidos pela AMP não colhem do ponto de vista técnico, uma vez que, quer pelo número de paragens, quilómetros e integração na rede, esta linha tinha de ser contratualizada pela AMP”, visto que os acordos, entre ambas as partes, assinados em 2019 sobre a partilha de linhas inter-regionais destacam que a entidade que tem que assegurar o serviço é aquela cuja área abrange o maior número de paragens e de quilómetros percorridos.
“O serviço supracitado é de grande relevância para as populações com a venda de aproximadamente 1500 passes e 18.000 bilhetes de bordo, em cada ano. Soma-se a isto o facto de o serviço permitir o acesso, entre outros, ao Hospital de S. João e ao Instituto Português de Oncologia, bem como, a diversas instituições de ensino superior”, explicou a CIM do Cávado no documento.