Há novo plano de recuperação da fachada do Shopping Brasília do Porto

Há novo plano de recuperação da fachada do Shopping Brasília do Porto
Miguel Nogueira / Porto.
| Porto
Porto Canal

O histórico Shopping Center Brasília, no coração da Boavista, no Porto, está num prolongado processo de renovação. Segundo avança o Jornal de Notícias, a administração de um dos centros comerciais mais antigos do país está a preparar uma série de intervenções na fachada do edíficio, mas que apenas vão avançar no final da atual fase de modernização da infraestrutura-base.

O processo de obras gerais de melhoria e recuperação estão atrasadas: os trabalhos, que começaram em janeiro deste ano, só devem estar concluídos no final do primeiro trimestre do próximo ano, sem contar com posterior intervenção na fachada principal do prédio. O custo total da intervenção também deverá ser atualizado, para cima dos 500 mil euros pensados inicialmente.

Apesar das obras, as lojas têm mantido o funcionamento, algumas com horários mais reduzidos, outras em pleno. Há concertos e mercados de Natal pensados para os domingos e feriados durante o mês de dezembro.

O Brasília foi o primeiro centro comercial do Porto, inaugurado em outubro de 1976. Foi o primeiro no Norte a ter escadas rolantes e é precisamente aí que já se nota a diferença, tendo as laterais cromadas sido substituídas pela cor preta, ladeadas de vidro moderno. A iluminação também já é diferente, sendo que ainda não estão concluídas todas as fases da obra, que inclui igualmente a pintura dos tetos, a remodelação das casas de banho e a construção de um ‘lounge’, transformando uma antiga e larga escadaria, num espaço de lazer e até de restauração.

 
 
 
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Quem nos fala desta mudança são o arquiteto responsável, João Ferros, e o atual administrador do Shopping, Luís Pinho, cuja missão nos últimos anos foi precisamente colocar as obras em andamento.

Depois dos primeiros anos de gestão, dedicados à recuperação financeira do centro comercial e aos problemas estruturais, chegou então o momento de embelezar as áreas comuns do Brasília.

A atual administração tentou de tudo, desde a instalação de uma grande superfície de supermercado, assim como a captação de investidores que quisessem comprar todo o edifício. Nada disso aconteceu e, porque a necessidade faz o engenho, em vez de tentarem reinventar o centro comercial, perceberam que “isto não é um shopping, não é um centro comercial. Isto é o Brasília, um edifício icónico da cidade”, diz Luís Pinho, confiante no potencial das obras de renovação do espaço.

Entre os antigos lojistas, é inevitável o saudosismo no tom da conversa que, apesar de viverem outros tempos a nível financeiro, mostram-se satisfeitos com o que já conseguem ver renovado e confiantes de que o resultado final trará novas oportunidades de negócio.

Para todos, de um modo geral, as obras vieram abrandar ainda mais o ritmo de negócio, que já passa por períodos negros há alguns anos.

Mas a esperança mantém-se viva, assente na remodelação das áreas comuns do shopping mas, sobretudo, na instalação recente de novos e jovens lojistas, por considerarem ser o que mais falta faz, assim como o cumprimento de um horário fixo por parte de todos os lojista, para que nenhum fique prejudicado se estiver, por exemplo, posicionado num corredor cheio de lojas vazias e fechadas por falta de cumprimento do horário estabelecido.

Ainda assim, já se mostram satisfeitos com a renovação visível da primeira fase de transformação de um shopping que, um dia, já foi a coqueluche da cidade do Porto e, até, do país.

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