"Cambalhota orçamental" e eleitoralismo. As acusações de PSD e IL ao recuo do PS no IUC
Porto Canal / Agências
O PSD acusou esta quarta-feira o PS de ter dado “a maior cambalhota orçamental dos últimos anos” ao recuar no agravamento do IUC, enquanto a IL classificou esta proposta de “eleitoralismo puro e duro”.
No final do prazo de apresentação das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2024, na terça-feira à noite, o PS apresentou uma para eliminar o aumento do Imposto Único de Circulação (IUC) para veículos anteriores a 2007 do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), defendendo que é “uma questão de justiça social e proteção dos cidadãos com maior vulnerabilidade económica”.
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o vice-presidente da bancada do PSD Hugo Carneiro recordou que toda a oposição tinha criticado este aumento como “uma injustiça contra a classe média e classes mais desfavorecidas”, mas o Governo e o PS justificavam-no por razões ambientais.
“Afinal este argumento do PS e do Governo era falso, não há nenhuma preocupação ambiental, existia apenas a preocupação de agravar os impostos dos portugueses (…) Qual a verdadeira razão do recuo? São as eleições”, apontou, admitindo que esta proposta até pode ir contra a vontade do primeiro-ministro e do ministro das Finanças, “mas já não são eles que comandam a vida interna do PS”.
Poucos minutos depois, o presidente da IL, Rui Rocha, falou também aos jornalistas no parlamento, para classificar a proposta do PS como “absolutamente oportunista e eleitoralista”.
“É pena que tenham esperado por uma campanha eleitoral para esta alteração, é pura hipocrisia, puro oportunismo, eleitoralismo puro e duro”, acusou.