A deputada e ex-ministra vai liderar a moção de Pedro Nuno Santos ao congresso do Partido Socialista que vai decidir o sucessor de António Costa na frente do partido.

Alexandra Leitão confirmou que aceitou o convite principalmente pelas “qualidades políticas e capacidade de execução" e pela "proximidade de ideias” que tem com o antigo ministro.

Conotada com a ala mais à esquerda dentro do PS, rejeita que esta eleição seja uma decisão entre os radicais e os moderados. Tal como o próprio Pedro Nuno Santos indicou esta segunda-feira, Alexandra Leitão falou da “pluralidade que sempre existiu no partido”.

Quando confrontada com as diferenças para a candidatura liderada pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a deputada do PS relembrou que no partido “todos temos a mesma matriz social democrata, mesmo que haja nuances dentro do pluralismo normal”.

A Comissão Nacional do PS reúne-se este sábado para marcar as eleições diretas para o cargo de secretário-geral do partido. Estas estão previstas para os dias 16 e 17 de dezembro, com o congresso a realizar-se nos dias 6 e 7 de janeiro.

Alexandra Leitão foi Secretária de Estado Adjunta e da Educação no primeiro governo de António Costa entre 2015 e 2019. Assumiu a pasta de Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública em 2019, no segundo executivo liderado pelo agora primeiro-ministro demissionário. Foi sempre uma voz crítica dentro do partido, e acabou por sair do governo aquando a queda do mesmo em 2022. Voltou depois ao Parlamento como deputada.