A Unidade Local de Saúde do Alto Minho, Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, continua sem ter a administração completa, o que mereceu críticas do Bastonário da Ordem dos Médicos.

Depois de uma visita ao Hospital de Viana do Castelo, Carlos Cortes pediu às administrações hospitalares que digam a verdade sobre o rácio mínimo de equipas nas urgências.

O Bastonário considera ser “de uma grande irresponsabilidade” e questiona “como é que foi possível o Ministério da Saúde continuar a permitir esta situação que só pode ser compreendida à luz da incompetência do Ministério da Saúde”.

A unidade hospitalar de Viana tem apresentado diversos condicionamentos no serviço de urgência e de forma a combater as falhas, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) publicou um plano de reorganização da rede com limitações de cada hospital de indicações sobre a urgência à qual os utentes se devem deslocar. A Norte são 11 os hospitais com constrangimentos, sendo que o Hospital de São João vai receber utentes de sete unidades.

Recentemente, o jornal Expresso noticiou que o São João já tem adiado consultas e cirurgias programadas para responder ao elevado fluxo que têm tido nas urgências. Cirurgia geral e obstetrícia são as especialidades que estão a ter mais constrangimentos na região norte devido à escusa dos médicos às horas extraordinárias. De acordo com a diretora da urgência em Cirurgia Geral do São João, Elisabete Barbosa, só o hospital de Guimarães é que não transferiu doentes para o São João e têm passado todo o dia e toda a noite a operar.

No fim do passado mês de outubro, o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) avisa que novembro poderá ser o pior mês dos últimos 44 anos no SNS. Numa entrevista ao jornal Público, Fernando Araújo revela que a reorganização das urgências estará pronta até final do ano e que, dentro de pouco tempo, só poderá ir às urgências quem for enviado pela linha SNS24, por um médico ou por outro hospital.