Cunhas para os negócios do lítio e do hidrogénio tratados na residência oficial de António Costa e na sede do PS em Lisboa
Liliana Rodrigues
Prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político, tráfico de influências e abuso de poder são os crimes em causa na investigação aos negócios do lítio e do hidrogénio, que levaram à demissão de António Costa.
Os mandados de detenção, a que o Porto Canal teve acesso, apontam os vários e fortes indícios de crime recolhidos pelo Ministério Público que comprometem João Galamba, Matos Fernandes, além do chefe de gabinete de António Costa e o melhor amigo do primeiro-ministro demissionário.
Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, e João Galamba, afirma o Ministério Público, participaram em almoços, com contas de valor relevante, pagas pela Start Campus – empresa para a qual, afirmam os procuradores, ambos conseguiram vários favores em várias matérias, com destaque para a dispensa da Avaliação de Impacto Ambiental para um projeto e a emissão da Declaração de Impacto Ambiental favorável noutro. Mas o Ministério Público afirma ainda que Diogo Lacerda Machado, conhecido como sendo o melhor amigo de António Costa, acordou com o ex-presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, os valores das luvas para que os projetos de urbanismo da Start Campus andassem mais depressa.