A escuta de 2020 que ditou a demissão de António Costa

A escuta de 2020 que ditou a demissão de António Costa
| Política
Porto Canal

O primeiro-ministro, António Costa, demitiu-se esta terça-feira após ser tornado público de que é alvo de uma investigação autónoma do Ministério Público num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça.

Ao que o Porto Canal conseguiu apurar, no âmbito de um inquérito sobre lítio e a empresa Lusorecursos, uma empresa nacional de prospeção e exploração focada no potencial mineiro de Portugal, António Costa foi “apanhado acidentalmente” em escutas intercetadas a 28 de dezembro de 2020. O primeiro-ministro estava infetado com covid-19 e encontrava-se em isolamento na residência oficial.

O alvo destas escutas não era o primeiro-ministro, mas sim João Pedro Matos Fernandes, na altura ministro do Ambiente e da Ação Climática.

Por não se tratar do alvo, as escutas onde António Costa foi apanhado de forma acidental seguiram para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Nestes casos, o STJ pode destruir as escutas no caso de inexistência de relevância criminal, validar as escutas no âmbito do processo em curso ou reservar as escutas para a abertura de um novo procedimento criminal.

O Tribunal ordenou que fossem guardadas as escutas a António Costa, o processo prosseguiu e deu origem às diligências desta terça-feira.

 
 
 
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