Coliseu do Porto. Um passado de resistência pela defesa da sala da Invicta

Coliseu do Porto. Um passado de resistência pela defesa da sala da Invicta
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Desde que abriu portas, em 1941, é a primeira vez que o equipamento cultural da Invicta vai receber obras de fundo. A candidatura ao programa de financiamento, efetuada pelo Coliseu e pela Área Metropolitana do Porto, foi aprovada. A venda a privados fica assim posta de parte e põe fim a anos de incerteza relativamente à concessão.

 
 
 
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A proposta foi aprovada por unanimidade numa reunião do Conselho Metropolitano do Porto e será apresentada no âmbito do programa de financiamento Norte 2030. O valor ainda será discutido, mas o Coliseu do Porto terá acesso a financiamento para obras de fundo que são necessárias há pelo menos uma década. “Acabou-se por decidir algo que me parece da mais inteira justiça, equilíbrio, a uma casa que se inscreve no património da cidade, da Área Metropolitana do Porto, da região e do país”, refere Miguel Guedes, diretor do Coliseu desde fevereiro deste ano.

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A dimensão das intervenções dependerá do valor a atribuir pelo programa do Governo, mas está já a decorrer um concurso público para a substituição integral do telhado. “Há necessidades estruturais fundamentais de intervenção, estamos a fazê-lo nesta altura no telhado, mas há muitas outras obras estruturais que é necessário fazer e que têm sido sucessivamente adiadas”, adianta Miguel Guedes.

O diretor do Coliseu do Porto já disse serem necessários cerca 3,5 milhões de euros para as obras de reabilitação, mas a intervenção no telhado da estrutura deverá ficar concluída em janeiro de 2024.

Da intenção de venda ao travão na concessão do Coliseu

Os primeiros rumores sobre uma possível venda do Coliseu do Porto à IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) surgem em 1995. A Empresa Artística SA, proprietária do Coliseu, esteve muito perto de ser vendida pela seguradora Aliança, detentora de 90% do complexo. O passo foi travado pelos portuenses e pelas inúmeras manifestações de protesto.

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A população saiu à rua e os artistas, agentes culturais, instituições e empresas também se uniram à contestação. Todos reclamavam o Coliseu como património cultural da cidade e, no meio dos protestos, surge o momento marcante em que Pedro Abrunhosa fica algemado ao Coliseu num ato de luta e resistência contra a transformação da sala de espetáculos num local de culto.

Desde então, a concessão do Coliseu do Porto foi alvo de vários avanços e recuos. Em julho de 2022 a direção da Associação Amigos do Coliseu do Porto, criada em 1995, aprovou por unanimidade o lançamento de um concurso público para a concessão a privados do Coliseu do Porto, num modelo idêntico ao que está já em curso no Super Bock Arena desde outubro de 2019.

Quase um ano e meio depois, já com um novo serviço educativo implementado, depois da substituição de materiais, de um novo desenho de luz e do cruzamento com entidades particulares e da participação artística, a direção do Coliseu encontrou uma solução para o equipamento portuense.

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