Padre Gama tenta evitar ir a julgamento por duas agressões sexuais
Liliana Rodrigues
O polémico padre Humberto Gama, conhecido por fazer exorcismos, está acusado de quatro crimes: violação agravada a uma mulher, coação sexual a outra cliente, além de burla qualificada e usurpação de funções na forma continuada. "É tudo mentira, foi tudo pré-fabricado. Ela só queria dinheiro", disse ao Porto Canal, reagindo à acusação do Ministério Público de Vila Real.
Em poucos mais de três anos, é a segunda acusação de crimes sexuais imputados ao padre Gama. O primeiro processo acabou arquivado por falhas nos prazos. Desta vez, o Ministério Público de Vila Real afirma que relativamente a uma mulher de 55 anos, no consultório em Murça, na véspera de Natal de 2021, Humberto Gama “aproveitou o facto da vítima estar vulnerável psicologicamente, a precisar de ajuda para “os problemas de divórcio” que lhe provocaram debilidade e instabilidade emocionais e que consegiu colocá-la num estado, como que de inconsciência, retirando-lhe desse modo toda a capacidade de reação, como efetivamente ocorreu. De seguida deitou o seu corpo por cima da vítima, dizendo que era “para libertar as más energias”. Esfregou o seu corpo no dela, contra a vontade da assistente e sem que esta conseguisse reagir e opor-se”.