O que pensam os estudantes sobre a praxe académica no Porto?
Porto Canal
As questões em torno da praxe académica em Portugal já não são de agora. As opiniões dividem-se: uns amam a praxe, outros odeiam-na. Mas mesmo depois de todas as polémicas em torno desta prática, a tradição mantém-se e são vários os grupos espalhados pela cidade do Porto com caloiros de olhos no chão e doutores vestidos de preto.
Matilde Ribeiro, estudante de Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, afirma ao Porto Canal que nunca experimentou a praxe. “Vi ao longe e não gostei nada do que vi”, revela a estudante. Mariana Simões também tem a mesma opinião. “Vi um bocado da praxe e achei que não era para mim. Acho que a ideia de ter uma pessoa a mandar em mim é um bocado tratar mal, mas percebo que hajam pessoas que estão à vontade com isso”, afirma a estudante da FEP.
Mas nem todos são contra a praxe. Mafalda Martins, estudante de primeiro ano do curso de Biologia na Faculdade de Ciências, revela que ainda só foi a uma praxe, mas está a adorar. “Acho que é uma forma muito boa e fácil de conhecer muita gente, de fazer amigos e de simplesmente se divertir porque as pessoas respeitam-nos”, afirma a jovem ao Porto Canal.
Filipa Fernandes estuda Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras e para a estudante a praxe é uma prática positiva. “Acho que é uma boa maneira para integrar, no entanto eu não acho que os caloiros quando chegam tenham necessariamente de ir para a praxe. Eles devem experimentar e perceber se gostam ou não”.
De relembrar que há cerca de um ano, tal como o Porto Canal noticiou, António de Sousa Pereira, reitor da Universidade do Porto, proibiu atividades que atentem contra a dignidade, liberdade e direitos dos estudantes, ou que façam a diferenciação entre estudantes aderentes ou não aderentes à praxe.
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