Moreira diz que conhecimento das Águas do Porto sobre caudais das cheias de janeiro "foi negligenciado" pela Metro

Moreira diz que conhecimento das Águas do Porto sobre caudais das cheias de janeiro "foi negligenciado" pela Metro
| Porto
Porto Canal/Agências

O presidente da Câmara do Porto afirmou que o conhecimento da Águas do Porto sobre os caudais onde ocorreram as cheias em janeiro "foi negligenciado" pela Metro e disse esperar por intervenções para evitar situações semelhantes.

“Uma das recomendações que o LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC)] faz à Metro do Porto é que utilizem os recursos e conhecimento que a Águas do Porto tem sobre o território, que durante esta fase do projeto foi negligenciado”, afirmou Rui Moreira, durante a sessão da Assembleia Municipal, que decorreu na segunda-feira à noite.

O autarca, que respondia a uma questão levantada pela eleita do BE sobre o relatório do LNEC após as cheias ocorridas em janeiro junto aos estaleiros da Linha Rosa, salientou que as conclusões do documento não são “nenhuma vitória”, mas que evidenciam que a autarquia tinha razão quando atribuiu responsabilidades à Metro do Porto.

Rui Moreira disse ainda estar preocupado com a eventualidade de ocorrerem episódios semelhantes no futuro.

“Vamos ver agora, isso é que nos preocupa para o futuro, que esta obra que nunca mais acaba, que parece a obra da Santa Engrácia e que continua a ser feita por causa das águas (…) Esperamos seriamente que o LNEC mais rapidamente faça o diagnóstico do projeto como ele está a ser construído e, se necessário, se façam as intervenções necessárias e suficientes”, referiu.

O concelho do Porto registou, em 7 de janeiro, em menos de duas horas, 150 pedidos de ajuda por causa das inundações em habitações e vias públicas, principalmente na baixa da cidade, disse naquele dia à Lusa fonte da Proteção Civil local.

As obras do Metro do Porto agravaram as cheias ocorridas na baixa da cidade em 7 de janeiro, mas teria havido inundações mesmo sem a empreitada, segundo o relatório do LNEC.

As enxurradas de 7 de janeiro causaram também danos em algumas habitações na zona das Fontainhas.

Segundo o presidente da câmara, nessa zona, a empresa municipal Águas do Porto está a estudar e a fazer um levantamento das medidas que vão ter de ser implementadas desde o jardim Paulo Vallada, junto à Avenida Fernão Magalhães, "até à cascata".

“Vamos ter de fazer um conjunto de intervenções sucessivas porque aquilo que se verifica é que em situações torrenciais algumas das obras que foram feitas, e bem, e que protegeram aquelas ruas quando foram feitas as obras em Santos Pousada, a verdade é que aquilo encaminha um conjunto de águas para aquele centro e isso é um estudo que estamos a fazer”, esclareceu.

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