Shopping Brasília quer atrair novos negócios
Maria Abrantes
Ainda com as obras de remodelação a decorrer no centro comercial mais antigo da Península Ibérica, o atual administrador do Brasília comenta a necessidade de atrair novos investidores e novos negócios.
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Já é visível parte da remodelação em curso nas áreas comuns do Shopping Brasília. Foi o primeiro em Portugal a ter escadas rolantes e é precisamente aí que já se nota a diferença, tendo as laterais cromadas sido substituídas pela cor preta, ladeadas de vidro moderno. A iluminação também já é diferente, sendo que ainda não estão concluídas todas as fases da obra, que inclui igualmente a pintura dos tetos, a remodelação das casas de banho e a construção de um ‘lounge’, transformando uma antiga e larga escadaria, num espaço de lazer e até de restauração.
Quem nos fala desta mudança são o arquiteto responsável, João Ferros, e o atual administrador do Shopping, Luís Pinho, cuja missão nos últimos anos foi precisamente colocar as obras em andamento.
Depois dos primeiros anos de gestão, dedicados à recuperação financeira do centro comercial e aos problemas estruturais, chegou então o momento de embelezar as áreas comuns do Brasília.
A atual administração tentou de tudo, desde a instalação de uma grande superfície de supermercado, assim como a captação de investidores que quisessem comprar todo o edifício. Nada disso aconteceu e, porque a necessidade faz o engenho, em vez de tentarem reinventar o centro comercial, perceberam que “isto não é um shopping, não é um centro comercial. Isto é o Brasília, um edifício icónico da cidade”, diz Luís Pinho, confiante no potencial das obras de renovação do espaço.
Entre os antigos lojistas, é inevitável o saudosismo no tom da conversa que, apesar de viverem outros tempos a nível financeiro, mostram-se satisfeitos com o que já conseguem ver renovado e confiantes de que o resultado final trará novas oportunidades de negócio.
Para todos, de um modo geral, as obras vieram abrandar ainda mais o ritmo de negócio, que já passa por períodos negros há alguns anos.
Mas a esperança mantém-se viva, assente na remodelação das áreas comuns do shopping mas, sobretudo, na instalação recente de novos e jovens lojistas, por considerarem ser o que mais falta faz, assim como o cumprimento de um horário fixo por parte de todos os lojista, para que nenhum fique prejudicado se estiver, por exemplo, posicionado num corredor cheio de lojas vazias e fechadas por falta de cumprimento do horário estabelecido.
Ainda assim, já se mostram satisfeitos com a renovação visível da primeira fase de transformação de um shopping que, um dia, já foi a coqueluche da cidade do Porto e, até, do país.