FC Porto: Um ponto que sabe a pouco. Crónica de jogo
Porto Canal
O FC Porto deixou fugir os primeiros pontos na edição 2023/24 do campeonato. Frente ao Arouca, na quarta ronda da Liga, os azuis e brancos não foram além do empate a uma bola resgatado 19 minutos para lá dos noventa. A equipa-sensação da época passada marcou primeiro, Galeno falhou um penálti já dentro do período de compensação e Evanilson fez o golo que impediu a derrota.
A cumprir o quarto e último jogo de castigo, Sérgio Conceição mudou duas peças na defesa e apostou em Fábio Cardoso e Wendell nas posições ocupadas por Pepe (lesionado) e Zaidu em Vila do Conde. O primeiro a criar perigo foi o repetente Pepê, quando tirou o pão da boca de Mehdi Taremi em zona frontal, aviso que o Arouca retorquiu volvidos apenas cinco minutos.
Aos doze festejou-se golo no Estádio do Dragão, mas Taremi estava 32 centímetros adiantados quando deu sequência perfeita à excelente solicitação de João Mário. O encontro perdeu emoção a partir desse momento até à reta final da etapa inaugural, a chance seguinte só apareceu passados vinte minutos e pertenceu ao Arouca: saída rápida rumo à baliza Sul e intervenção preciosa de Diogo Costa a manter o nulo.
A resposta não se fez esperar, surgiu em dose tripla e foi servida por Toni Martínez. Primeiro, desviou para a barra um livre cobrado por Galeno; depois, novamente de bola parada, errou o alvo por pouco; por fim, após um belo cruzamento de Marcano, cabeceou ao lado do arco defendido por De Arruabarrena.
Toni já não regressou das cabines, tal como Eustaquio, e foi já com Alan Varela e Evanilson em campo que Taremi falhou um golo cantado à boca da baliza. À passagem da hora de jogo uma saída de Diogo Costa abriu espaço para que o Arouca causasse calafrios, Gonçalo Borges rendeu o desgastado João Mário e Fran Navarro fez o mesmo a Wendell pouco depois.
Os comandados de Daniel Ramos adiantaram-se logo a seguir e contra a corrente, fruto da persistência de Cristo e da passividade da defensiva portista. Era preciso reverter o resultado, Sérgio Conceição sabia disso e promoveu a estreia de Iván Jaime em detrimento da continuidade de Nico González.
A placa indicativa do tempo adicional (17) já tinha sido erguida - e um primeiro penálti revertido pelo VAR - quando Miguel Nogueira assinou nova falta sobre Taremi dentro da área visitante. Encarregado de converter a grande penalidade, Galeno atirou forte para defesa do guarda-redes e desespero das bancadas.
O golo haveria mesmo de chegar, aos 90+19 e com assinatura de Evanilson, mas pouco ou nada atenuou o sabor amargo de uma partida em que a vitória era o resultado mais justo e o único que interessava ao FC Porto.