Edifício onde funcionou Hospital Particular de Lisboa pode ser hotel
Porto Canal / Agências
Lisboa, 30 jul (Lusa) -- A Fundação Stanley Ho, proprietária do edifício onde funcionou o Hospital Particular de Lisboa (HPP), admite a hipótese de o imóvel acolher um hotel, apesar de preferir que este voltasse a ser utilizado por uma unidade hospitalar.
Carlos Monjardino, vice-presidente do conselho de administração da Fundação Stanley Ho, revelou à agência Lusa que as dívidas do HPP -- encerrado há dois anos -- à fundação, relativas a rendas, ascendem aos 233 mil euros.
O fecho do HPP, que foi o primeiro hospital privado a abrir portas em Portugal, foi determinado após os credores da instituição terem inviabilizado uma proposta para obter condições para o pagamento das dívidas aos fornecedores e aos trabalhadores, que ascendiam a 14 milhões de euros.
Os bens do HPP, declarado insolvente, estão a ser vendidos, tendo até ao momento resultado em 82.150 euros, a que se juntam 12 mil euros de dívidas recuperadas, segundo o administrador judicial.
Carlos Monjardino reitera que a Fundação lamenta o encerramento do HPP e assume que preferia que "o imóvel voltasse a ser utilizado por uma unidade hospitalar ou de cuidados continuados".
Ainda sem diligências no sentido do imóvel ter outra utilização, Carlos Monjardino assume que a Fundação não põe de parte "a sua viabilização para unidade hoteleira".
Localizado junto à Nunciatura Apostólica, em Lisboa, o edifício onde funcionou o HPP encontra-se neste momento com a indicação de que está "em remodelação".
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