Portugal “tem cartas a dar” nas energias renováveis no Sudeste Asiático, aponta Gomes Cravinho

Portugal “tem cartas a dar” nas energias renováveis no Sudeste Asiático, aponta Gomes Cravinho
| País
Porto Canal/Agências

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse esta quarta-feira à Lusa, em Díli, que Portugal “tem cartas a dar” no que toca à cooperação nas energias renováveis com o Sudeste Asiático.

João Gomes Cravinho iniciou na segunda-feira uma visita oficial à região, com passagem pela Indonésia, Timor-Leste e Filipinas para discutir a intensificação das relações económicas, com o potencial de cooperação nas energias renováveis em destaque.

O diplomata disse que as energias renováveis estão entre “as indústrias do futuro”, numa “área em que todos os países estão à procura de atingir a neutralidade carbónica”. “Portugal tem cartas a dar nessa matéria, é um país procurado”, sublinhou.

João Gomes Cravinho tem agendada para quinta-feira uma reunião na capital das Filipinas, Manila, com o ministro da Energia filipino, Rafael Lotilla, no âmbito da primeira visita bilateral de um chefe da diplomacia portuguesa ao país.

“Vamos fazer o mapeamento das potencialidades no relacionamento Portugal-Filipinas também nas energias renováveis”, disse o ministro.

A questão também já tinha sido discutida na segunda-feira, num encontro entre João Gomes Cravinho e a ministra dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi.

O desenvolvimento das energias renováveis é “um enorme desafio para a Indonésia”, país onde Portugal “já tem uma presença muito significativa, através das EDP Renováveis, no solar e também na transmissão de eletricidade por cabo submarino”, disse o diplomata.

Depois de décadas de relações diplomáticas cortadas devido à ocupação de Timor-Leste, João Gomes Cravinho falou de “sementes para um futuro de maior proximidade económica” com a Indonésia.

O ministro destacou o potencial de cooperação na economia do mar, “uma área de grande interesse para Portugal” e onde a Indonésia, um país com mais de 17.500 ilhas, tem “enormes potencialidades económicas”.

A economia azul pode também ser “uma área de grande cooperação” com as Filipinas, um país “com o qual Portugal tem relações amigas, mas com pouca concretização económica”, lamentou João Gomes Cravinho.

Na sexta-feira, o ministro português será recebido pelo homólogo filipino, Enrique Manalo, para debater o papel das Filipinas como coordenador das relações entre a UE e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

“Portugal tem de estar mais presente no Sudeste Asiático e este é um momento particularmente propício para isso”, disse João Gomes Cravinho, referindo-se à entrada de Timor-Leste na ASEAN.

Os líderes dos atuais Estados-membros da ASEAN aprovaram em maio um roteiro para a adesão plena deste país de língua oficial portuguesa ao bloco económico, que conta com 650 milhões de habitantes.

“Isso abre portas para Timor[-Leste] e abre portas também para Portugal no Sudeste Asiático”, defendeu João Gomes Cravinho.

Na terça-feira, o primeiro-ministro português, António Costa, defendeu em Díli que as empresas portuguesas devem “aumentar a sua presença” em Timor-Leste e aproveitar a “enorme oportunidade” criada pela entrada do país na ASEAN.

+ notícias: País

PSP controlou 20,2 milhões de passageiros nos aeroportos portugueses em 2024

A PSP controlou cerca de 20,2 milhões de passageiros nos aeroportos portugueses no ano passado, mais 4,8% do que em 2023, indicou esta quinta-feira aquela polícia, avançado que foram detidas 257 pessoas em 2024.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.