Hospital Garcia de Orta considera "alarmismo desnecessário" denúncia de situações graves

| País
Porto Canal / Agências

Lisboa, 29 jul (Lusa) - O Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta considerou hoje que está a gerar um "alarmismo desnecessário" o documento de 40 diretores de serviço, sobre situações graves na unidade hospitalar de Almada.

Em nota enviada à agência Lusa, a direção do hospital diz que as "situações ou problemas graves não correspondem à realidade" da instituição, causando "alarmismo desnecessário".

A administração refere que o Hospital Garcia de Orta, "mercê de todo o esforço dos profissionais, fez um grande esforço nos últimos anos para melhorar a eficiência e a qualidade".

Sublinhou ainda que "o sistema de qualidade foi reconhecido internacionalmente" e acentuou que a "eficiência passou de uma situação deficitária para uma situação de 'superavit'".

"Com a ajuda do Ministério da Saúde foi já possível amortizar a maior parte da dívida acumulada e encurtar os prazos de pagamento", lê-se na nota enviada à imprensa, acrescentando a administração do hospita que se está a "encontrar algumas soluções para resolver os problemas ao nível dos recursos humanos".

"Devido à limitação dos recursos públicos, não temos conseguido que a atividade do Hospital seja totalmente financiada, o que se traduz de facto em algumas dificuldades, designadamente, ao nível da renovação e manutenção das infraestruturas e do parque tecnológico, mas estamos com o Ministério da Saúde a tentar encontrar soluções".

Em documento a que a Lusa teve acesso, 42 diretores de serviço do Hospital Garcia de Orta denunciaram situações graves na instituição, como o adiamento de cirurgias, consultas e exames por falta de profissionais e equipamentos ultrapassados.

Os diretores representam a Comissão Médica do Hospital Garcia de Orta e o documento foi enviado para o Ministério da Saúde, a Ordem dos Médicos e grupos parlamentares da Assembleia da República, entre outros.

Os médicos salientam "a saída de muitos médicos e enfermeiros do hospital" e referem "o impedimento da ação gestionária do Conselho de Administração e das estruturas intermédias de gestão do hospital, por via da centralização administrativa, no que concerne a políticas de recursos humanos e compras".

Por isso, consideram que tal "afetará gravemente a prossecução da missão do Hospital Garcia de Orta e da sua atividade assistencial".

Outra preocupação destes chefes de serviço -- entre os quais a ex-ministra da Saúde Ana Jorge -- prende-se com o estado dos equipamentos médicos, "em muitos casos completamente obsolescentes e com necessidade de substituição ou modernização urgente".

"Existem casos gritantes, como o da pediatria médica, com incubadoras, ventiladores mecânicos e monitores com 20 anos de uso, que pese embora ainda funcionantes, têm taxas de operacionalidade que comprometem a qualidade dos cuidados prestados", refere a comissão no documento.

JOP/SMM // MAG

Lusa/Fim

+ notícias: País

Montenegro quer português como língua oficial da ONU até 2030

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, quer que os países parceiros na CPLP alinhem posições para que o português seja reconhecido como língua oficial das Nações Unidas até 2030, considerando que "seria um justo reconhecimento".

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.