Cofundador da Altice Armando Pereira vai prestar declarações em interrogatório

Cofundador da Altice Armando Pereira vai prestar declarações em interrogatório
| País
Porto Canal/Agências

O cofundador da Altice Armando Pereira vai prestar declarações em interrogatório sobre as suspeitas em torno de negócios da Altice Portugal, mas só a partir de segunda-feira, disse este sábado à Lusa o advogado.

Antes de entrar esta tarde para o recomeço das diligências no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, Pedro Marinho Falcão confirmou a decisão de que Armando Pereira “vai prestar declarações” perante o juiz Carlos Alexandre sobre a investigação do Ministério Público (MP) e da Autoridade Tributária (AT), que acreditam que um conjunto de negócios relacionados com a Altice Portugal possa ter lesado o Estado e o grupo em mais de 100 milhões de euros.

No entanto, as declarações do cofundador da Altice apenas vão ocorrer a partir de segunda-feira, uma vez que primeiro vão falar os outros dois arguidos detidos, Jéssica Antunes e Álvaro Gil Loureiro, sendo que a filha do braço direito de Armando Pereira, Hernâni Vaz Antunes, já terá começado as suas declarações.

De acordo com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do MP, a operação desencadeada na quinta-feira, que levou às três detenções, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, entre as quais instalações de empresas e escritórios de advogados em vários pontos do país.

Em causa está, alegadamente, uma “viciação do processo decisório do Grupo Altice, em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”, que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva. As autoridades destacam ainda que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba “superior a 100 milhões de euros”.

A investigação indica também a existência de indícios de “aproveitamento abusivo da taxação reduzida aplicada em sede de IRC na Zona Franca da Madeira” através da domiciliação fiscal fictícia de pessoas e empresas. Entende o MP que terão também sido usadas sociedades offshore, indiciando os crimes de branqueamento e falsificação.

Nas buscas, o DCIAP revelou que foram apreendidos documentos e objetos, “tais como viaturas de luxo e modelos exclusivos com um valor estimado de cerca de 20 milhões de euros”.

+ notícias: País

“Quem for contra a imigração, é contra o desenvolvimento do país”

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) afirmou que, “quem for contra a imigração, é contra o desenvolvimento do país”, sublinhando que qualquer governo deve passar pela Concertação Social para “ouvir os outros”.

Festival Eurovisão da Canção. Últimos dez finalistas são escolhidos esta quinta-feira

Dezasseis países competem esta quinta-feira pelos últimos dez lugares disponíveis na final do 68.º Festival Eurovisão da Canção, a decorrer em Malmö, na Suécia.

Jovens do Climáximo bloqueiam entrada no Ministério da Saúde

Um grupo de jovens do movimento Climáximo estavam ao início de manhã dest quinta-feira concentrados junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa, a bloquear a entrada do edifício, confirmou a PSP.