Marques Guedes defende responsabilidade de todos os agentes políticos pela estabilidade

| Política
Porto Canal

O ministro da Presidência defendeu hoje que todos os agentes políticos devem colocar o interesse nacional à frente de divergências político-partidárias em nome da estabilidade, valor que apontou como fundamental para Portugal nestas circunstâncias.

"A estabilidade é um bem em si próprio e é uma necessidade até nas circunstâncias em que o país está. E aquilo que se espera e se exige de todos os agentes políticos, sem distinção, é a responsabilidade de colocar o interesse nacional à frente de outas divergências de natureza político-partidária, exatamente em nome da preservação da estabilidade", afirmou Luís Marques Guedes, na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros.

O ministro social-democrata acentuou a ideia de que, "enquanto se mantiver sob um programa de resgate", Portugal "tem de ter um comportamento de determinação e de muito trabalho, mas também uma garantia de estabilidade política".

Ao longo desta conferência de imprensa, o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares escusou-se a dar qualquer indicação sobre o atual estado da crise no executivo, remetendo esse processo para os dois partidos da coligação, PSD e CDS-PP.

Luís Marques Guedes também nada adiantou quanto àquilo que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, possa ter dito sobre o assunto aos restantes ministros, na parte de discussão política da reunião de hoje do Conselho de Ministros, alegando que, por princípio, esta não é "objeto de comentário".

O ministro da Presidência confirmou que o presidente do CDS-PP e ministro demissionário, Paulo Portas, não esteve na reunião de hoje do Conselho de Ministros. "É verdade, o senhor ministro de Estado não esteve, fez-se representar por um senhor secretário de Estado. Não faço nenhuma leitura sobre essa situação. É esse o facto que aconteceu hoje".

Por outro lado, questionado se Portugal tem atualmente um ministro dos Negócios Estrangeiros, Marques Guedes respondeu que "as soluções dos órgãos de soberania são sempre soluções de continuidade, e todos os ministros estão em funções até que deixem de estar", pelo que o país "tem, com certeza, um ministro dos Negócios Estrangeiros".

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