Governo recorda José Mattoso como "figura maior da academia portuguesa"

Governo recorda José Mattoso como "figura maior da academia portuguesa"
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Porto Canal / Agências

O Ministério do Ensino Superior lamentou a morte de José Mattoso, uma “figura maior da academia portuguesa” com uma visão “original, profunda e serena” que mudou a forma de olhar para a história do país.

José Mattoso morreu este sábado, aos 90 anos, sendo lembrado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) pelo seu “compromisso ético inabalável com o pensamento e a cidadania”.

“José Mattoso deixa obras de referência acerca da História de Portugal”, afirma o MCTES, recordando que é “considerado um dos grandes medievalistas portugueses”, depois de “duas décadas de vida monástica enquanto monge Benedito”.

Após uma vida dedicada ao estudo da história das ordens religiosas e da aristocracia dos séculos X a XIII, deve-se a ele “a compreensão profunda e multifacetada do religioso na historiografia portuguesa”, acrescenta.

“A José Mattoso ficamos também a dever obras incontornáveis para a historiografia portuguesa e para a reflexão sobre o país e a sua identidade”, refere o MCTES, dando como exemplos “Identificação de um País” (1985) ou a coordenação da “História de Portugal”.

“Em ambos os casos, José Mattoso deu-nos a sua visão original, profunda e serena, mudando irreversivelmente o modo como olhamos para a história do país e como nos (re)conhecemos como país”, acrescenta.

O ministério recorda ainda o seu percurso profissional, de “serviço permanente a múltiplas instituições”, como o Instituto Português de Arquivos, a Torre do Tombo ou o Centro de Estudos Históricos do Instituto de Alta Cultura.

O professor auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e professor catedrático na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, da qual foi Vice-Reitor, é lembrado pelo MCTES como uma “figura maior da academia portuguesa”

José Mattoso nasceu em Leiria, em 22 de janeiro de 1933, e foi o primeiro a ser distinguido com o Prémio Pessoa, em 1987.

Numa rara intervenção política, foi mandatário nacional do Partido Livre, em 2015.

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