Consumo de drogas ilícitas ao longo da vida aumentou mais de 60% em Portugal

Consumo de drogas ilícitas ao longo da vida aumentou mais de 60% em Portugal
| País
Porto Canal/Agências

O consumo de substâncias psicoativas ilícitas ao longo da vida em Portugal subiu mais de 60% desde 2001, situando-se a prevalência em 2022 abaixo da média registada pelo conjunto dos países europeus, revela um estudo divulgado esta sexta-feira.

"Entre 2001 e 2022, a prevalência ao longo da vida, para qualquer substância psicoativa ilícita, passa de 7,8% para 12,8%", referem os dados que espelham a mais recente informação sobre o uso de substâncias ilícitas, lícitas, jogo e ecrã.

Promovido pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), o V Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral foi iniciado em 2001, tendo sido replicado em 2007, 2012, 2016/17 e em 2022, sob a responsabilidade de uma equipa de investigação do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa, constituída por Casimiro Balsa, Clara Vital e Cláudia Urbano.

Sobre este aumento da prevalência ao longo da vida, para qualquer substância psicoativa ilícita, os investigadores explicam: “Mesmo quando os hábitos de consumo se mantêm estáveis, a prevalência tende a aumentar pelo facto de, a cada aplicação [do inquérito], retirarmos da amostra um grupo etário que não tinha nenhuma relação com substâncias ilícitas – os mais velhos – e o substituirmos por um grupo, os mais jovens, que a passa a ter”.

Nos 20 anos de recolha, as mulheres passam de uma prevalência de 4% para 7,4% e os homens de 11,7% em 2001, para 18,6% em 2022, revela o inquérito, que tem uma amostra de 12.000 pessoas, representativa da população entre os 15 e os 74 anos, por região, por sexo e por idades.

Estes valores aumentam quando se isola a população dos jovens adultos (15-34 anos), com o consumo das mulheres a passar de 7% em 2001, para 9,6% em 2022, enquanto o consumo dos homens passa de 18,2% para 21,8%.

“Com esta evolução, continuamos, como no início do milénio, com níveis de consumo abaixo dos registados no conjunto dos países europeus”, salienta o estudo, que é apresentado hoje num evento no SICAD, em Lisboa.

Com o tema “Conhecer a realidade para intervir com qualidade”, o evento antecipa as comemorações do Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico ilícito de Drogas, que se assinala em 26 de junho.

O estudo fez uma comparação no plano internacional do consumo de canábis, cocaína, anfetaminas, ‘ecstasy’ e LSD com base na prevalência dos consumos dos últimos 12 meses e tendo como referência os valores disponibilizados para 30 países europeus pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

A canábis, substância ilícita com maiores prevalências de consumo, apresenta um valor máximo de cerca de 11% (Chéquia e França) e médio de 5,7% no conjunto dos países, estando Portugal, com uma prevalência de 2,8%, na 24ª posição.

Relativamente ao consumo de cocaína, que na Europa tem uma prevalência média de 0,4%, Portugal encontra-se em 26.º lugar, com uma prevalência de 0,2%, e no consumo de anfetaminas a prevalência é inferior a 0,1%, sendo a média para os 27 países europeus que apresentam informação para esta substância de 1,4%.

No caso do ecstasy, para uma média de 0,9% entre os 29 países que apresentam dados para este indicador, Portugal apresenta uma prevalência de consumo de 0,1%, a mais baixa de todas, a par com a Turquia.

O consumo de LSD apresenta um valor médio de 0,4% para o conjunto dos 27 países que apresentam valores para este indicador, estando Portugal entre os países com menores prevalências (0,1%), a par da Bulgária, Chipre, Hungria, Itália, Lituânia e Luxemburgo.

+ notícias: País

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.

FC Porto em sub17 recebe e vence Padroense 2-1

A equipa de Sub-17 do FC Porto recebeu e bateu este domingo o Padroense (2-1), no Olival, em jogo da 11.ª jornada da 2.ª fase do Campeonato Nacional de Juniores B. Francisco Ribeiro (41m) e Pedro Vieira (62m) assinaram os golos dos Dragões, que mantêm a liderança da série Norte, com 28 pontos, mais três do que o Sporting de Braga.