Monumentos e museus regionais vão ser geridos pelas Câmaras e pelo Governo
Porto Canal
Os monumentos e museus, que estão a cargo das direções regionais de Cultura (DRC), vão ser geridos pelas câmaras municipais e pelo organismo que suceder à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), segundo o Jornal de Notícias (JN).
De fora, segundo uma resposta dada pelo Ministério da Cultura (MC) aos deputados do PS, ficam as comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
A resposta, a que o JN teve acesso, refere que as competências “referentes à gestão direta de museus e monumentos”, até agora da responsabilidade das DRC, “não está previsto que transitem para as CCDR”.
O Ministério da Cultura justifica esta decisão com a “necessária conciliação de uma política de âmbito nacional com uma gestão de proximidade”.
Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, acha que os museus “devem passar para os municípios”, uma vez que “não são nacionais”. Aliás, vários autarcas no Norte do país, a contar com socialistas de Lamego e Guimarães, mostraram-se contra esta decisão.
Segundo o JN, a versão final da reorganização será conhecida “em breve”, de acordo com a nota do gabinete ministerial.
O valor do Plano de Recuperação e Resiliência destinado a reabilitar museus, monumentos, igrejas e palácios aumentou para 190 milhões de euros.
Lisboa conta com cerca de 76% do orçamento para os museus, sendo cerca de 114 milhões de euros. Esta divisão de verbas é classificada como “centralista” por Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto.