A nova via de sete quilómetros, projetada pela Câmara Municipal de Guimarães, com o objetivo de criar uma nova ligação ao AvePark – um parque industrial que é casa de cerca de 20 empresas e instituições –, irá atravessar terrenos classificados como Reserva Agrícola Nacional (162.260 metros), Reserva Ecológica Nacional (44.013 metros) e ainda cruzar zonas de elevado risco de erosão hídrica do solo (27.487), noticia o jornal Público, havendo ainda a previsão de construir uma nova ponte sobre o rio Ave.

Esta opção de nova via com uma extensão de 6,9 quilómetros foi a escolhida entre outras duas por permitir um ganho de 10 minutos. As outras opções passagem por requalificar as vias existentes, ou a criação de uma variante de quatro quilómetros usando os acessos atuais.

Um dos afetados pela nova via é um proprietário de um terreno agrícola com 1700 metros quadrados. Cristóvão Lima, ouvido pelo jornal, diz que usa o terreno para o cultivo de “batatas, cebolas, tomates, pimentos e ervas” e para a produção de “vinho”.

O proprietário recebeu da autarquia, em maio, uma proposta para a expropriação de 80% do terreno, refere o Público.

A Câmara de Guimarães aponta que o projeto vai ser “estratégico para a mobilidade do território” trazendo a possibilidade de “atrair investimento”, contudo ativistas, ouvidos pelo diário, apontam que a construção deste traçado “não faz qualquer sentido”.

A nova via tem um orçamento de 40 milhões de euros, onde estão incluídos 12,6 milhões provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência.