A edição deste ano do Festival dos Canais, que decorre em Aveiro de 12 a 16 de julho, aposta na diversidade e em múltiplos palcos, para surpreender e conquistar novos frequentadores.

Organizado pela Câmara de Aveiro, o Festival regressa ao formato pré covid, com 52 espetáculos e 111 ações, que envolvem artistas de nove nacionalidades diferentes.

O presidente da câmara, Ribau Esteves, disse na apresentação à comunicação social que o objetivo é “surpreender e conquistar novos frequentadores para o Festival”, cuja edição de 2023 ensaia a que ocorrerá no próximo ano em que Aveiro assume a capital portuguesa da cultura.

Música, dança, teatro, circo contemporâneo e performance fazem parte do programa, que tem também atividades para crianças e outras áreas artísticas, sempre com entrada gratuita.

O diretor do Teatro Aveirense e assessor cultural da autarquia, José Pina, garantiu que se continua a privilegiar a participação de artistas locais, a par da atração de companhias nacionais que vão a Aveiro apresentar os seus projetos, sendo essa outra dimensão do Festival dos Canais.

No capítulo da música os destaques vão para um concerto no palco do Cais da Fonte Nova, com Camané, Ricardo Ribeiro e António Zambujo. Nesse mesmo palco, também os D.A.M.A vão marcar presença, com Buba Espinho a seu lado, assim como a Banda Sinfónica Portuguesa, o saxofonista Henk Van Twillert e a formação Vento do Norte numa atuação inspirada no pintor PietrMondriaan.

Nos concertos de final de tarde, junto à Fábrica Centro Ciência Viva, estarão Wolf Manhattan, Da Chick, S. Pedro e The Lemon Lovers.

Noutros campos artísticos, a vinda da Cie. Bivouac e do seu espetáculo “Lemniscate”, uma performance em torno de uma complexa e apelativa instalação artística é uma das notas do programa a reter.

Num espetáculo sobre a água denominado “Sylphes”, a companhia Aerial Strada vai trazer criaturas misteriosas e merece também registo “Black Victorians”, da encenadora Jeanefer Jean-Charles, com uma reflexão sobre algumas questões históricas.

O Collectif Maison Courbe propõe uma fusão entre dança e circo que convoca a arquitetura, em “Obake”, num projeto criado no âmbito de uma parceria entre Aveiro, Malmo (Suécia) e Rouen (França), com o apoio do European Festivals Fund for Emerging Artists.

Numa junção de fogo e percussão, a companhia Deabru Beltzak irá deambular pela cidade com a sua “Symfeuny”, sendo as ruas partilhadas pela Fanfarra dos Canais, criada pela Oficina de Música de Aveiro, que junta músicos profissionais e amadores.

Afirmar Aveiro como espaço público de criação é o objetivo do intercâmbio com a associação de artes de rua do País Basco que terá expressão do Festival dos Canais.

Uma novidade da edição deste ano é o “Chefs On Fire”, evento gastronómico que convida chefs como João Cura (Almeja), César Vitorino (Foco), Cristiano Barata (O Mercantel), Luís Gaspar (Sala de Corte), Pedro Braga (Mito) e Rafa Louzada (Gruta) a dar a conhecer a gastronomia da Região, numa iniciativa que inclui concertos de You Can’t Win Charlie Brown, Ditch Days, Best Youth, Cassete Pirata, Tiago Nacarato e Budda Power Blues.