Ativistas pelo clima furam pneus de carros. "Atenção, o teu sugador de gasolina mata"
Porto Canal
O protesto, alegadamente em nome do clima, é assinado por um movimento intitulado "The Tyre Extinguishers", que, na sua página oficial, já se vangloriou desta ação em Portugal, à semelhança do ocorrido noutros países como França, Alemanha, Canadá e Espanha.
O movimento ambientalista, que opera a partir de Londres, já realizou ações em mais de 15 cidades espalhadas pelo mundo e chegou agora a Portugal, para já, só com casos conhecidos em Lisboa. "Esvaziámos um ou mais dos teus pneus. Vais sentir raiva, mas não leves isto pessoalmente. Não és tu. É o teu carro" é o que se pode ler no início da folha que os ativistas colocam no vidro depois de furarem os pneus do carro.
With this first action in Portugal, TX now has active groups in 18 countries: UK, USA, Canada, Czech Republic, France, Spain, Germany, Denmark, Norway, Sweden, Switzerland, The Netherlands, Austria, New Zealand, Italy, Ireland, Belgium and Portugal. pic.twitter.com/Q1zSt7EIUd
— The Tyre Extinguishers (@T_Extinguishers) June 1, 2023
No site, os "Tyre Extinguishers" encorajam outras pessoas a promoverem ações idênticas ao que fizeram em Lisboa e têm até tutoriais onde ensinam a melhor forma para esvaziar pneus, passo a passo: "Localize um SUV, nas áreas elegantes / de classe média. Desaperte a válvula do pneu (...) Coloque um feijão pequeno dentro da tampa da válvula e volte a colocá-la, apertando-a de novo até ouvir um silibar (...) Todo o processo deve levar cerca de 10 segundos. Imprima este folheto (em casa, num cibercafé, na biblioteca, onde quer que seja) e deixe-o debaixo dos limpa-párabrisas, para que o proprietário saiba que o carro está inutilizável e receba uma explicação do motivo pelo qual o fez".
Para já, ainda são desconhecidos quantos condutores terão sido alvo dos dos "Tyre Extinguishers".
"Somos pessoas de várias origens com um objetivo: tornar impossível possuir um enorme 4x4 poluente nas áreas urbanas do mundo. Estamos a defender-nos das mudanças climáticas, poluição do ar e motoristas inseguros", concluem.