Ex-inspetor do caso de Maddie McCann considera as procuras nas barragens “estranhas”

Ex-inspetor do caso de Maddie McCann considera as procuras nas barragens “estranhas”
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Porto Canal

Gonçalo Amaral, inspetor aposentado da Polícia Judiciária, afirma que as procuras na barragem do Arade “são estranhas”. O ex-inspetor teme que se “plantem provas”.

As buscas pelo caso “Maddie McCann” continuam desde terça-feira no Algarve. À Renascença, Gonçalo Amaral, que teve em mãos o processo do desaparecimento que aconteceu a três de maio de 2007, afirma que os orçamentos utilizados no caso foram elevados para a quantidade de pistas que o caso tem.

"É um pouco estranho este orçamento e meios no terreno para esta operação. (…) Para isso, é preciso ter fundamentos fortes e não são apenas um simples 'ele estava neste local por isso vamos ali procurar'”, adianta o ex-inspetor.

Além disso, pergunta porque não foram feitas buscas na barragem de Santa Clara, um local onde o individuo também ia e era “assíduo e havia uma comunidade alemã”.

Gonçalo Amaral critica ainda as suspeitas feitas a Christiane Bruckner. Segundo o ex-inspetor, não há provas contra o alemão, que cumpre prisão por violação de uma norte-americana no Algarve.

"Neste caso de violação de 2005, o exame ginecológico realizado no Hospital de Portimão, na noite em que aconteceu o alegado crime, mostra que não houve violação. O exame tinha relatório escrito à mão e o tradutor disse que era ilegível, não foi tido em conta no processo, mas nem perguntaram aos colegas portugueses. O individuo está preso por algo que não existiu. Foram ainda recolhidos na casa da mulher os lençóis e nada foi encontrado que tivesse vestígios deste alemão."

Ainda sobre Christiane Bruckner, Gonçalo Amaral explica que não existe qualquer localização de chamadas do alemão na Aldeia da Luz, junto do Ocean Club.

“Fala-se de um telemóvel e nem conseguem provar que aparelho usava e também não o conseguem meter dentro do apartamento. Há uma lista de pedófilos e assaltantes naquela zona e essa lista foi verificada e ele está lá, mas dizer que há chamada perto do apartamento é mentira. Ele vivia perto da praia da Luz, mas ainda afastado. No entanto, era possível ele ligar de casa e ativar a antena da zona."

Goncçalo Amaral receia que se plantem provas no local, uma vez que a investigação pediu pijamas à fábrica que produziu aquele que a criança vestia, que se encontram, neste momento com as autoridades inglesas. Além disso, a família e a polícia inglesa tem cabelos de Maddie McCann.

O inspetor aposentado considera que se está a criar um bode expiatório: "Os pais e os amigos não podem ser responsabilizados e é preciso um bode expiatório e está aqui! Ao fim de oito anos é isto. A investigação alemã quer apenas provar que este individuo tem algo a ver com este caso".

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