A primeira sessão do julgamento começou esta segunda-feira apesar do arguido, que está a viver no Algarve, não ter comparecido no tribunal de Matosinhos.

Acusado dos crimes de coação sobre funcionário, ofensas à integridade física qualificada simples e dano com violência, o inspetor da Polícia Judiciária (PJ) de Leiria também foi ouvido pelo coletivo de juízes que estranhou, tendo em conta os factos que aconteceram, o arguido não estar indiciado por tentativa de homicídio. Outros dois polícias que estavam na operação também prestaram declarações.

O caso remonta a 2018, quando o burlão que estava em fuga à justiça, foi localizado na Póvoa de Varzim, mas fingiu uma indisposição e arrancou de carro, arrastando o inspetor da PJ ao longo de mais de 500 metros só parou depois de se despistar e embater contra o pilar de um prédio.

A vítima sente-se esquecida pelo Estado e há cerca de duas semanas o caso foi tratado no programa ‘Justiça às Claras’, no Porto Canal. Coincidência ou não, há poucos dias, o inspetor recebeu, finalmente, o valor das despesas médicas que já tinha pago do próprio bolso.

O julgamento continua no próximo dia 29 de maio, de manhã, no tribunal de Matosinhos.