BRT em Braga, descentralização e divisão do PRR. As respostas de Mariana Vieira da Silva às questões do Norte
Porto Canal
A ministra da presidência assegura que o Governo está empenhado na concretização da linha de BRT, em Braga, com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Em entrevista ao Porto Canal, Mariana Vieira da Silva comenta ainda as críticas da região ao processo de descentralização de competências à divisão dos apoios comunitários.
“O investimento no BRT vai permitir continuar a desenvolver o investimento na área da mobilidade no distrito”, assegura a ministra, que levanta o véu àquilo que será a próxima iniciativa “Governo mais próximo”, que decorre no final desta semana no distrito de Braga.
Segundo Mariana Vieira da Silva, os concelhos de ministros descentralizados “têm sido um momento muitíssimo importante para cruzar problemas e soluções entre Governo, autarcas e as CCDR”.
Ministra foge ao tema da Regionalização, mas diz que descentralização trouxe “proximidade”
Sem tocar no tema da regionalização, que o governo decidiu retirar das grandes opções até 2026, Mariana Vieira da Silva aborda o tema da descentralização para dizer que “aquilo que já foi feito do ponto de vista da eleição dos presidentes e do reforço das CCDR permitirá uma aceleração da ideia de que cada território decide a sua estratégia e os recursos que quer aplicar”.
Em entrevista ao Porto Canal, a ministra da Presidência afirma que a grande mudança proporcionada pelo Governo de António Costa foi precisamente dar às regiões “o poder de definir a forma como utilizam os recursos europeus atribuídos pelos programas regionais”.
“Aquilo que sentimos no diálogo com os autarcas é que existem as dificuldades típicas neste tipo de mudanças”, remata, garantindo que “na proximidade o Governo tem conseguido melhorar a vida dos cidadãos”.
Vieira da Silva nega divisão desigual das verbas do PRR entre região Norte e Sul
“Nós procurámos fazer um desenho dos fundos de forma relacionada”, afirma Mariana Vieira da Silva quando questionada sobre as críticas à divisão desigual das verbas do PRR.
“Temos que olhar para o impacto dos fundos entre o Portugal 2030 e o PRR, é nessa ligação entre os dois quadros que temos de avaliar a coesão territorial”, assegura.
Para a ministra da Presidência são “mais comuns as críticas entre interior e litoral do que entre Lisboa e Porto”.
“No conjunto acreditamos que estes dois programas (PT2030 e PRR) serão promotores de uma coesão territorial forte”.