É a primeira reação de um membro do Governo ao pedido de demissão do ministro das Infraestruturas. Em entrevista exclusiva ao Porto Canal, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, diz que o primeiro-ministro considerou que "a governação é que é a questão prioritária, face à análise da situação". 

"O primeiro-ministro entendeu, em função do que aconteceu, tomar uma decisão e a nós cabe-nos concentrar-nos nas nossas tarefas", afirma ainda Mariana Vieira da Silva. 

A ministra da presidência alerta no entanto que não está a "desvalorizar" a situação e que, tal como afirmou o primeiro-ministro, a situação é "deplorável" e obrigava a um pedido de desculpas aos portugueses. 

"Aquilo que cabe avaliar quando um ministro coloca o lugar à disposição é se essas razões são suficientes e o que o primeiro-ministro percebeu é que o nosso programa e a nossa governação são as questões prioritárias". 

"É estranho que passemos 4 dias a discutir as condições que um ministro tinha" para demitir um adjunto

Em relação ao caso que gerou toda a polémica em torno do ministro João Galamba, Mariana Vieira da Silva critica a excessiva mediatização de uma decisão aparentemente simples. "É um pouco estranho que ao fim de 49 anos de democracia passemos 4 dias a discutir as condições que um ministro tinha ou não tinha para deixar de contar com um adjunto", afirma Mariana Vieira da Silva.

"Aquilo que aconteceu depois foi um conjunto de ocorrencias que como todos ja disseram é absolutamente excecional e muitissimo criticável. Não há ninguem que esteja a ver um canal de televisão neste momento e que não sinta como é que e possivel e claro que os membros do governo também o sentem", diz ainda a ministra da Presidência.