Medina admite que alguns acontecimentos "são significativos" mas não beliscam valor da TAP

Medina admite que alguns acontecimentos "são significativos" mas não beliscam valor da TAP
| Política
Porto Canal/Agências

O ministro das Finanças admitiu este sábado que alguns acontecimentos relacionados com a TAP, como os noticiados desacatos após exoneração do adjunto do ministro das Infraestruturas, “são significativos”, mas rejeitou que isso afete o valor da companhia na privatização.

“Não se pode confundir o que são atos isolados, naturalmente alguns de menor importância e outros com importância significativa […], não se pode confundir isso com o que é um processo que tem a ver com o valor intrínseco da TAP”, declarou Fernando Medina.

Falando à imprensa portuguesa no final da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia em Estocolmo, na presidência sueca do Conselho, o governante apontou que, “apesar da “conjuntura, por mais significativo e relevante que seja, […] nem o valor da empresa nem o processo de privatização fica beliscado por isso”.

“Não estou a desvalorizar alguns dos factos que hoje são conhecidos, outros têm menos importância”, acrescentou.

De acordo com Fernando Medina, a TAP “tem valor do ponto de vista económico e financeiro, tem valor estratégico como ativo para o país e do ponto de vista de ligação à diáspora e aos países africanos, à América Latina e aos Estados Unidos”.

A posição surge um dia depois de se conhecer a exoneração do até agora adjunto de João Galamba, Frederico Pinheiro, por “comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades”, e as suas acusações ao ministro das Infraestruturas, já negadas categoricamente pelo governante, de que tinha procurado omitir informação à comissão de inquérito à TAP.

Também na sexta-feira, foi noticiado por vários meios de comunicação portugueses que, após essa exoneração, Frederico Pinheiro reagiu de forma violenta, agredindo membros do Ministério das Infraestruturas.

O Governo pretende avançar com o processo de privatização da TAP até ao verão, numa altura em que se sucedem casos relacionados com a gestão da empresa e que já motivaram a constituição de uma comissão de inquérito.

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