Casa da Música faz 18 anos. O mais recente ‘adulto’ da cidade do Porto

| Porto
Porto Canal

A Casa da Música celebra 18 anos de idade. O marco da maioridade vai ser celebrado a partir desta sexta-feira, o dia de aniversário, até 29 de abril, com uma programação exclusiva de dezoito eventos, que serão realizados nesta sala de espetáculos.

Os festejos iniciam-se com um concerto da Orquestra Sinfónica da Casa da Música, que decorrerá pelas 21 horas, de modo a homenagear o maestro Leopald Hager, que se despede dos palcos este ano. Para além desta atividade, há outras iniciativas programadas, como por exemplo: espetáculos de entrada livre, Dj sets, live acts, instalações e visitas guiadas, com acesso ao backstage.

O passado histórico desta “casa da cultura”, situada no coração da cidade do Porto, junto à Rotunda da Boavista, “carrega” mais de 5.000 concertos e 18.000 atividades educativas.

 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 

Uma publicação partilhada por Porto Canal (@porto.canal)

Desde 2005, a Casa da Música, tem colocado um pé no acelerador, no que concerne à inovação. Em declaração ao Porto Canal, o diretor artístico, António Jorge Pacheco afirmou que “o projeto artístico da Casa da Música foi evoluindo” e que hoje em dia tem “uma capacidade de produção instalada de alto nível profissional, quer do ponto de vista técnico, produção e musical”.

Da teoria à prática

No ano da Expo98, o Porto e Roterdão foram eleitas Capitais Europeias da Cultura para o ano 2001. Após a “boa-nova”, sucedeu-se um processo longo de gestão de recursos, desenvolvimentos de programas artísticos, sociais e educativos, cuja a responsabilidade cabia à Porto 2001 – designação que foi atribuída ao evento da Capital Europeia da Cultura 2001. Depois disso, surgiu a ideia da criação da Casa da Música: uma infraestrutura para dar palco e um lar à música.

Antes da viragem para um novo século, em março de 1999, foi negociado, entre a Porto 2001 e o Município do Porto, a cedência e a utilização do terreno a construir. Na altura, a escolha do local foi mediática, uma vez que envolveu a demolição da Estação Terminal dos Elétricos do Porto, propriedade da STCP.

À época argumentava-se que a localização elegida iria dar à zona envolvente um dinamismo de renovação urbana e social, precisa a toda a Praça Mouzinho de Albuquerque, popularmente conhecida como Rotunda da Boavista.

Ultrapassada esta etapa, iniciou-se o concurso de arquitetura para o projeto da Casa da Música, que durou cerca de seis meses. Hadid, Zumthor, Norman Foster, Siza Vieira, Rem Koolhas, Herzog e Meuron foram alguns dos melhores arquitetos convidados. Para a terceira e última fase, apenas passaram três arquitetos, sendo que Rem Koolhas, foi o grande vencedor.

O arquiteto holandês concebeu um edifício de cariz cultural, feito em betão branco. Em 2000 colocou-se mãos à obra e passados três anos a estrutura da Casa da Música estava feita. Pela empreitada passaram 450 operários.

Estranho aos olhos de uns, inovador aos olhos de outros, o edifício da Casa da Música, é caraterizado como o ditado popular português, “primeiro estranha-se e depois entranha-se”.

 

+ notícias: Porto

Protesto na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto estende-se até segunda

Os estudantes acampados à porta do departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) vão manter-se no local, pelo menos até segunda-feira, revelou este domingo à Lusa Carolina Moreira, da organização.

Associação pela bicicleta queixa-se da atuação policial no Porto

A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi) disse este domingo que vai apresentar queixa contra as autoridades policiais pela atuação face a manifestações convocadas para as cidades de Tavira e Porto.