FC Porto (Basquetebol): Pelo Porto ninguém passa

FC Porto (Basquetebol): Pelo Porto ninguém passa
| Desporto
Porto Canal

A equipa de basquetebol do FC Porto seguiu o bom exemplo da de futebol e, tal como ontem na Luz, levou de vencida o clássico frente Benfica por 92-82. Num embate da 7.ª jornada da Segunda Fase do campeonato que o Dragão Arena acolheu e que opôs os dois emblemas que dividiam o primeiro lugar, os azuis e brancos entraram mal, mas reverteram atempadamente o arranque em falso e acabaram por se tornar comandantes destacados da Liga. Com este resultado, passam a somar 53 pontos, mais um do que o rival deste sábado.

Tudo correu de feição ao Benfica (e mal ao FC Porto) no primeiro período. Durante dez penosos minutos, os portistas marcaram 22 pontos, sofreram 38 e viram-se confrontados com uma desvantagem difícil de reverter. Mesmo privados de uma das principais figuras - Ivan Almeida cumpre suspensão por ter agredido um árbitro -, os lisboetas acertavam a larga maioria dos lançamentos contra um conjunto da Invicta parco em triplos.

Sem Miguel Queiroz, a recuperar de uma cirurgia ao joelho direito que o manterá afastado durante um mês, os Dragões regressaram dos balneários certeiros no ataque e eficazes na defesa. Mais pontuado do que qualquer outro (27), o terceiro período abriu caminho à recuperação que ganhou forma no quarto: em dez minutos os detentores do título marcaram apenas 12 pontos, sofreram 21 e saíram vergados de um reduto em ebulição que viu Max Landis (22) assumir as rédeas e o estatuto de melhor marcador.

“As minhas primeiras palavras vão para os adeptos, porque para mim é um orgulho ter o pavilhão cheio. Depois do primeiro período que tivemos, com uma percentagem de triplos anormal para nós (19%), acho que a equipa tem muito para dar. Em termos defensivos tivemos uma postura diferente depois de sofrermos 40 pontos no primeiro período. Hás muita coisas positiva, outras para corrigir porque podem ser fatais, mas são mais as positivas que podemos retirar. O espírito dos jogadores não me surpreende, quem vive com esta equipa já a conhece. Deixa-me muito satisfeito, porque assim a alegria e a vontade de trabalhar são maiores. O foco é ganharmos os três jogos que faltam para acabarmos em primeiro”, declarou Fernando Sá após o término da contenda.

Segue-se uma deslocação a Alvalade para defrontar o Sporting (sábado, 15h00, RTP2).

FICHA DE JOGO

FC PORTO-BENFICA, 92-89
Liga Portuguesa de Basquetebol, 2.ª fase, Grupo A, 7.ª jornada
8 de abril de 2023
Dragão Arena

Árbitros: Fernando Rocha, Luís Lopes e Vicente Jardim

FC PORTO: Miguel Maria (9), Max Landis (22), Marvin Clark II (13), Brian Conklin (18) e Michael Finke (4)
Suplentes: Vlad Voytso, Keven Gomes (7), Teyvon Myers (17), Francisco Amarante (2), João Guerreiro e Luís Silva
Treinador: Fernando Sá

BENFICA: Aaron Broussard (15), João Gomes (21), Toney Douglas (14), Terrell Carterii (12) e James Ellisor (5)
Suplentes: José Silva (5), José Barbosa (4), Diogo Gameiro (9), Tomás Barroso, Sérgio Silva e Mark Zirbes (4)
Treinador: Norberto Alves

Ao intervalo: 44-58
Parciais: 22-38, 22-20, 27-19 e 21-12

+ notícias: Desporto

FC Porto e Sérgio Conceição prolongam contrato

O FC Porto e Sérgio Conceição acordaram prolongar o contrato que os liga desde 2017. Ao serviço dos Dragões e na condição de treinador, o antigo extremo já venceu três edições da Liga portuguesa, três Taças de Portugal, uma Taça da Liga e três Supertaças.

FC Porto: Feriado de trabalho a pensar no clássico

O FC Porto voltou a trabalhar nesta quinta-feira no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, onde continua a preparar o jogo com o Sporting (domingo, 20h30, Sport TV), no Estádio do Dragão, a contar para a 31.ª jornada do campeonato.

O campeão da liberdade. 25 de abril de 74 também é um marco na história do FC Porto

No dia em que passa meio século sobre a revolução que conduziu Portugal à democracia depois de 48 anos de ditadura, o FC Porto pode orgulhar-se de ser o clube nacional com melhor palmarés. Além de ser, em termos absolutos, um dos dois com mais troféus oficiais de futebol - tem 84, tantos como o Benfica -, distingue-se por ter vencido sete competições internacionais - as sete conquistadas em democracia -, enquanto os restantes clubes portugueses juntos somam apenas três - as três alcançadas durante o Estado Novo. Se se olhar em paralelo para a história dos maiores clubes portugueses e para a evolução dos regimes políticos no país durante o século XX, a conclusão é óbvia e irrefutável: a ditadura foi o período dourado do sucesso desportivo dos clubes de Lisboa, enquanto os 50 anos que se seguiram ao 25 de abril são dominados pelo azul e branco.