PSP diz ter sido “cercada e atacada” durante manifestação em Lisboa. Dois agentes ficaram feridos
Porto Canal
A Polícia de Segurança Pública esclarece que durante o protesto pela habitação, em Lisboa, duas manifestantes provocaram danos em diversos estabelecimentos comerciais, ao pintarem as respectivas paredes e montras. Junto à Praça do Martim Moniz, as duas mulheres, autoras dos danos, foram abordadas e identificadas. A PSP esclarece ainda que os polícias que procederam à abordagem “foram cercados e atacados, através de agressões físicas, com contacto direto, do arremesso de pedras e de garrafas de vidro.
Polícia fascista agindo em Lisboa contra ato pelo direito à habitação em Portugal @sttefanicosta pic.twitter.com/xRcpShI7IG
— Hedflow (@Hedflow) April 1, 2023
Em comunicado enviado às redações, a PSP escreve que os polícias envolvidos na identificação das manifestantes “optaram por entrar num supermercado ali existente, para se protegerem e protegerem as duas manifestantes abordadas. Outros manifestantes tentaram forçar a entrada no supermercado, pelo que foi necessário o uso da força e meios coercivos de baixa potencialidade letal, bem como mobilização de reforços policiais para conter as agressões em curso. Por se tratar de um crime semipúblico e não ter sido possível obter, em tempo útil, a queixa dos proprietários dos edifícios danificados, as duas autoras dos danos foram identificadas, não se tendo procedido à sua detenção”.
Na sequência dos confrontos, um dos polícias ficou ferido na face, um outro polícia com diversas dores nos membros, atingidos por garrafas, e foram danificados dois motociclos e duas viaturas policiais.
O protesto pela habitação ocorreu na tarde deste sábado em vários pontos do país como Porto, Coimbra e Aveiro. Em Lisboa, a manifestação decorreu, com desfile, entre a Alameda e a Praça do Martim Moniz, em Lisboa.