Assembleia Municipal do Porto aprova protocolos na área social com investimento de 3,2 milhões de euros

Assembleia Municipal do Porto aprova protocolos na área social com investimento de 3,2 milhões de euros
| Porto
Porto Canal/Agências

A Assembleia Municipal do Porto aprovou, por maioria, a celebração de oito protocolos com instituições da cidade para gestão dos processos de RSI e acompanhamento social durante 18 meses, num investimento de 3,2 milhões de euros.

Na sessão, que decorreu na segunda-feira a noite, foram discutidas três propostas relacionadas com os processos de Rendimento Social de Inserção (RSI) e de Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS), fruto da descentralização na ação social, cujas competências passam, a 03 de abril, para as autarquias.

Destacando que não competia à Assembleia pronunciar-se sobre a "reorganização" da gestão destes processos, o eleito da CDU, Rui Sá, questionou, no entanto, o executivo sobre o motivo pelo qual "não foram renovados" contratos com outras duas associações da cidade, nomeadamente, a Norte Vida e a ADILO.

Também a eleita do BE, Susana Constante Pereira, questionou o executivo sobre ter sido dada "continuidade a uns protocolos e não a outros", defendendo a necessidade de serem elaboradas "cartas sociais municipais" para perceber se as respostas do município vão ao encontro das necessidades.

Em resposta aos deputados, o presidente da Câmara do Porto afirmou que a Segurança Social "denunciou os protocolos existentes" e que o município ou resgatava esses contratos, ou celebrava novos protocolos ou internalizava o serviço.

"As coisas não são imutáveis. Mais faltava que a Câmara do Porto, quando a Segurança Social tem um fornecedor e rescinde o que tinha com o fornecedor, que agora tivesse de assumir, ainda por cima com sobrecusto", afirmou Rui Pereira.

O autarca disse, no entanto, acreditar que, face à "quintuplicação" do número de técnicos, as instituições com quem foram celebrados protocolos "vão procurar desesperadamente encontrar técnicos com conhecimentos no terreno".

Já a presidente da União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, que é por inerência presidente da ADILO, afirmou que a descentralização "não deveria permitir a exclusão dos que nunca falharam e sempre contribuíram para a cidade", apelando a que autarquia "não abandone" as instituições.

Em resposta, Rui Moreira disse não ter visto a presidente daquela União de Freguesias, eleita pelo seu movimento, “tomar uma posição” sobre esta matéria na ANAFRE, onde é membro do conselho diretivo.

Pelo PS, Agostinho de Sousa Pinto saudou as propostas apresentadas pelo executivo e a renovação de parcerias "num campo tão carecido da atenção das políticas públicas".

Já a social-democrata Sílvia Soares destacou a "preocupação" da autarquia em manter a proximidade da gestão destes processos, considerando que o município "dá um sinal de valorização do terceiro setor e reconhece a sua importância".

Pelo movimento independente "Rui Moreira: Aqui Há Porto", Raul Almeida, afirmou que o centro destas políticas "são os beneficiários" e que esses terão uma "melhor resposta da câmara do que tiveram do Estado".

Também o deputado único do PAN, Paulo Vieira de Castro, saudou o executivo por, com estas medidas, pretender "a dignificação de pessoas em carência".

A assunção de compromissos plurianuais relativa aos protocolos de RSI e SAAS foi aprovada com o voto favorável do grupo municipal "Rui Moreira: Aqui Há Porto", PSD, PS e PAN, e com a abstenção da CDU e do BE.

Já a assunção de compromissos relativa a criação de um Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social Integrado (SAASI) foi aprovada com o voto favorável do grupo municipal "Rui Moreira: Aqui Há Porto", PSD, PS e PAN, com a abstenção da CDU, e o voto contra do BE e da presidente da União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, Sofia Maia.

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