"É preocupante". Sindicatos alarmados com possível redução da Polícia Municipal do Porto para 45 elementos em 2027

| Porto
Porto Canal

A Polícia Municipal do Porto pode ficar, em breve, com o seu contingente reduzido a 45 elementos em 2027, devido à reforma prevista de muitos agentes e à falta de oficiais da PSP. Uma preocupação levantada por Rui Moreira, autarca da Invicta, em outubro e, agora pelos Sindicatos do setor. 

"Temos um contingente previsto de 277 elementos. Neste momento, estamos com 60% disso, mas na medida em que muitos desses agentes se vão reformar, teremos em 2027, 45 agentes". Este foi o diagnóstico feito pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, em outubro, em declarações aos jornalistas. 

Um cenário que tem gerado alarme perante um insuficente contingente que "não satisfaz as necessidades" do município.

Jacinto Santos, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), mostra-se preocupado "com a segurança do Porto". 

"É um problema que a cidade não consegue resolver de um dia para o outro, nem que quisesse convergir, naquilo que seria a Polícia Municipal normal dos outros países, das outras cidades. Porque a Polícia Municipal tal existe em Lisboa e Porto são PSP estão lá deslocados. Portanto ficamos preocupados, muito preocupados com a segurança do Porto". 

A opinião é partihada pelo presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais (SNPM), Pedro Oliveira que defende que deveria haver um regime único.

“Mais uma vez se deve repensar e redimensionar as Polícias Municipais a um único regime e a saída de Lisboa e do Porto é realmente começarem a recrutar polícias municipais do regime geral, esses não dependem de uma oportunidade da PSP poder ou não poder dispensar pessoal, mas criar os seus próprios quadros de Polícia Municipal com os seus concursos e com a formação como é de especialização”, realçou em entrevista ao Porto Canal, depois de um encontro com o Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel. 

Em outubro de 2022, o autarca da Inivicta salientou ainda que a unidade móvel da PSP, em funcionamento no Porto desde 28 de julho, não resolve os problemas da cidade.

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Conhecido como o "supermercado" da droga da Invicta, atualmente o maior do norte do país, tem movimento constante de consumidores com cenas de tráfico facilmente identificáveis. É uma realidade dramática e crescente, onde quem consome quer dignidade e quem por lá mora reclama por maior segurança.

Um problema que se soma às deficiências atuais da PSP, sendo que a autarquia "vê com manifesta preocupação a diminuição de recursos humanos policiais". 

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