Lula da Silva discursa no 25 de abril. Presidente do PSD exige solução para “gafe imperdoável” do Governo

Lula da Silva discursa no 25 de abril. Presidente do PSD exige solução para “gafe imperdoável” do Governo
| Política
Porto Canal/Agências

O presidente do PSD, Luís Montenegro, acusou este domingo o ministro dos Negócios Estrangeiros de cometer uma “gafe imperdoável” ao colocar o Presidente do Brasil a discursar no 25 de Abril, o que considerou “inaceitável” e exigiu uma “solução”.

“Em primeiro lugar, temos de saber quantas irregularidades foram cometidas, em quantos processos indemnizatórios, quem é que decidiu e aprovou esses processos e que tutelas políticas respondem politicamente por aquilo que foram essas decisões”, questionou.

Luís Montenegro disse que “as políticas e as decisões têm consequências” e, por isso, considerou que as alegadas irregularidades na indemnização a Alexandra Reis, ex-administradora da companhia e antiga secretária de Estado, são “a consequência da renacionalização a 100% do capital da TAP”.

O presidente do PSD referia-se ao relatório preliminar que o ministro das Finanças e o ministro das Infraestruturas solicitaram à Inspeção Geral de Finanças, a propósito da “política da administração da TAP, 100% portuguesa e 100% do Estado”, que aponta para “irregularidades na atribuição de indemnizações a ex-membros do Conselho de Administração e, eventualmente, a outros dirigentes da companhia”.

No discurso de encerramento da 12.ª Universidade Europa, em Anadia, o presidente social-democrata lembrou que o processo começou em 2016, aquando do “crime político e financeiro” do governo de António Costa em renacionalizar a companhia aérea.

“Foi transferir dos investidores privados para o Estado a responsabilidade financeira da gestão da TAP, teve como consequência os nossos cofres, o nosso dinheiro, dos contribuintes, 3,2 mil milhões de euros terem sido injetados naquela companhia”, apontou.

Além do processo de reestruturação, Luís Montenegro considerou que houve efeitos laborais e de operacionalidade da companhia aérea e, nesse sentido, defendeu que o PSD tem de “pedir contas” e “dizer que o Governo tem de assumir a responsabilidade da decisão que tomou lá atrás”.

Luís Montenegro reforçou a necessidade de saber se “essas irregularidades foram exclusivas do caso mais mediatizado que envolveu a ex administradora da TAP, que depois foi presidente da NAV e depois secretária de Estado do Tesouro, ou [se] há mais casos em que essas irregularidades foram cometidas”.

Nesse sentido, defendeu que “responsabilizam ainda mais quem as cometeu e quem lhes deu cobertura política” e, por isso, sublinhou: “Quem tem de assumir as responsabilidades não são só os gestores que estão na companhia”.

“É quem também dá o amparo político, é quem tutela a companhia e, por isso, vamos aguardar o resultado final desse relatório”, assumiu Luís Montenegro, lembrando que a companhia é do Estado “por vontade própria deste Governo, deste Partido Socialistas, deste primeiro-ministro, deste ministro das Finanças”.

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