PSD, IL e Chega criticam novas medidas para a habitação
Porto Canal / Agências
PSD classifica as novas medidas como um “modelo estatizante e abusivo”, IL fala em “morte do arrendamento local” e Chega diz que este é um “modelo de atraso”.
PSD
O PSD criticou as medidas apresentadas pelo Governo para a habitação, classificando-o como um “modelo estatizante e abusivo” ao impor “uma lógica pública de coerção e abuso do poder sobre os direitos e propriedade dos portugueses”.
O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, reagia no parlamento às medidas apresentadas pelo Governo em Conselho de Ministros, dizendo que “ficou clara nesta apresentação que há dois modelos absolutamente diferentes no tema da habitação”.
“Um modelo estatizante, abusivo que o governo agora apresenta, e o modelo do PSD que envolveu a discussão na sociedade civil, aberto, moderno”, defendeu, numa referência às medidas apresentadas pelos sociais-democratas esta semana.
IL
O presidente da IL, Rui Rocha, considerou que o pacote para a habitação vai determinar a “morte do arrendamento local” e é uma “agressão insustentável à propriedade privada”, acusando o Governo de ter reagido “em desespero”.
Numa primeira reação, Rui Rocha foi muito crítico das opções tomadas, considerando que esta foi a “reação de um Governo em desespero" e que a responsabilidade política do setor ter chegado a esta situação é totalmente de António Costa e do seu executivo.
Para o presidente liberal, vai ser feita uma “intervenção brutal no mercado habitacional, que vai ter consequências nefastas”, alertando que vai ser alterada a fisionomia das cidades com o “ataque brutal, a morte do arrendamento local”.
Chega
O presidente do Chega considerou que as medidas divulgadas para a habitação não constituem "uma solução que efetivamente" vá apoiar os portugueses e que o Governo "optou deliberadamente por um modelo de atraso".
"Parece-nos ser um programa demasiado retórico, onde falhou a definição de metas concretas, o Governo não se conseguiu comprometer com uma solução que efetivamente fosse de apoiar aqueles que agora estão a sentir dificuldades em pagar renda e em pagar o seu crédito", afirmou André Ventura em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa.
Num comentário momentos depois da apresentação pelo Governo do Programa Mais Habitação, o líder do Chega defendeu que "a má notícia" para os portugueses é que nos "próximos meses vão continuar com dificuldades em pagar rendas, vão continuar com dificuldades em pagar o crédito à habitação".