Alguns supermercados foram apanhados a cobrar preços mais altos do que os afixados. A ASAE já instaurou 11 processos-crime desde janeiro. 

De acordo com o Jornal de Notícias, a diferença entre o valor afixado e o valor que é depois cobrado no momento do pagamento, chegou a superar os 50% em alguns supermercados.

A ASAE já tinha sido alertada e já tinha realizado várias inspeções entre setembro e dezembro do ano passado, onde encontraram diversas irregularidades. No entanto, continuam a registar-se casos desde o início de janeiro. Ao JN, o inspetor-geral da ASAE explicou que estas situações acontecem com "maior incidência nos supermercados de média dimensão" nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa.

O JN dá ainda nota de que os inspetores da ASAE fiscalizaram já em 2023, 256 operadores do setor do retalho, chegando à conclusão de que a percentagem de supermercados que cobram mais na caixa é já de 4,2%. A entidade explica que, na maior parte dos casos, são promoções que depois, no momento do pagamento, não correspondem à realidade.

De acordo com o JN, há lojas que justificam esta diferença de valores com falhas nos programas informáticos “devido a promoções sucessivas e a um elevado número de produtos com preços promocionais”.