Sporting. Paulinho teve mais de 24 horas para se defender ao contrário do que alegou
Porto Canal
Paulinho poderá ir a jogo no clássico frente ao FC Porto, agendado para este domingo, após o Tribunal Central Administrativo Sul (TCAS) ter deferido a providência cautelar apresentada. O avançado leonino é assim opção para Rúben Amorim, depois de alegar não ter tido as 24 horas obrigatórias por direito para se defender. Contudo, o jornal A Bola avança que tal não corresponde à verdade.
Segundo o acórdão do TCAS, pode ler-se que o jogador alegou que o castigo foi proferido "antes do termo do prazo regulamentar de que dispunha para se defender" e também que "a decisão de suspensão por dois jogos afeta de forma grave e irreparável a sua esfera jurídica enquanto jogador de futebol profissional e os seus direitos fundamentais à liberdade de livre exercício (efetivo) da profissão".
"É inquestionável, portanto, que a sanção imposta ao requerente traduz uma limitação à liberdade de exercício de profissão", diz o documento, reforçando que "os efeitos descritos são especialmente gravosos atendendo ao facto de que o requerente é um experiente jogador futebol de 30 anos que se encontra numa fase da sua carreira especialmente importante, seja para assegurar o seu lugar na equipa, seja para se valorizar desportivamente, participando no próximo jogo da sua equipa, o qual se reveste de capital importância para a concretização dos seus objetivos profissionais e desportivos".
A Bola sublinha que o prazo de defesa é o mesmo desde o arranque da temporada, algo que o Sporting nunca questionou, além de que, no mesmo mapa de castigos, Paulinho foi castigado com outro jogo de suspensão, tendo tido o mesmo prazo para se defender e não recorreu desse castigo.
A mesma fonte adianta que o avançado do clube de Alvalade teve mais de 24 horas para se defender depois de ter sido notificado, ao contrário do que alegou para ver a decisão revertida.
"Vocês são uns corruptos"
Recorde-se que Paulinho foi suspenso por três jogos pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, após ter sido expulso na final da Taça da Liga, diante do FC Porto.
O atleta foi castigado por um jogo pelo cartão vermelho com que foi admoestado e dois por ofensas dirigidas à equipa de arbitragem, liderada por João Pinheiro.
"Após sair do terreno de jogo, já expulso, dirigiu-se ao 4.° árbitro com o dedo em riste da mão direita dizendo 'corruptos, corruptos, vocês são uns corruptos'", pode ler-se no relatório do árbitro.