Siaco fecha portas e deixa uma centena de trabalhadores no desemprego

Siaco fecha portas e deixa uma centena de trabalhadores no desemprego
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| Norte
Porto Canal / Agências

A fábrica Siaco, que produzia solas e outros componentes para calçado em São João da Madeira, esta segunda-feira, encerrou portas “de surpresa” e sem deixar a documentação de desemprego aos seus mais de 100 trabalhadores, diz o respetivo sindicato.

Segundo revela à Lusa a diretora da delegação distrital de Aveiro do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins (SNPIC), a empresa em causa tinha mandado os funcionários para casa a semana passada, para usufruto de férias, devido à falta de encomendas nesse período, mas só falou do futuro encerramento a “alguns trabalhadores”, nomeadamente “aos poucos que tiveram que ir à fábrica” na passada sexta-feira.

É por isso que Fernanda Moreira afirma: “As pessoas foram apanhadas de surpresa hoje de manhã. Já era habitual a fábrica todos os anos mandar os trabalhadores para casa uma semana ou duas, quando não tinha encomendas, mas eles voltaram sempre ao trabalho e, desta vez, como ninguém lhes disse o contrário, pensavam que ia ser igual – até que chegaram aqui e deram com tudo fechado”.
Segundo a mesma dirigente sindical, a administração da empresa terá dito aos funcionários que encontrou na passada sexta-feira que ia pedir a insolvência, mas o sindicato já foi verificar esta segunda-feira e sobre isso ainda “não há nada nas pautas do tribunal”.

Fernanda Moreira receia, portanto, que o pedido de insolvência ainda não tenha dado entrada nos órgãos competentes, o que significa que, “a esperar pelo gestor judicial, os trabalhadores só vão ter os papéis para o despedimento daqui a duas ou três semanas”.

Referindo que a Siaco não tem salários em atraso e deve ao pessoal apenas os primeiros dias do corrente mês de fevereiro, a diretora do SNPIC desconhece quais serão os motivos para o encerramento, já que “nunca faltaram encomendas à fábrica”.

Parte relevante das solas, formas, saltos e palmilhas produzidos na unidade era, aliás, encaminhada “para mercados como Itália, França, China e Eslováquia”, num fluxo que, não tendo diminuído significativamente, mais agrava “a surpresa dos trabalhadores”.

A Lusa tentou ouvir a administração da Siaco, mas essa não esteve contactável.

Segundo o site da marca, é “uma das empresas portuguesas da fileira do calçado com maior longevidade e notoriedade, remontando a sua origem ao ano de 1963”.

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